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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Cade autoriza descontos em farmácias e arquiva denúncias

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu por arquivar as mais de 20 denúncias contra farmácias que oferecem descontos na venda de remédios aos consumidores. De acordo com o órgão, não foram constatados indícios de que os descontos trariam prejuízos à livre concorrência.
Se por um lado a questão está esclarecida e pacificada no Conselho, o mesmo ainda não se pode dizer na Justiça. Ainda não há decisão definitiva sobre o tema, mas o Tribunal Regional Federal da 5ª Região limitou o desconto em 15% em processo que corre no Ceará contra a Drogaria São Paulo. A Drogaria, que chegou no Estado em 2004, dava descontos de 30% a 50% para conquistar a clientela. Além de limitar o desconto, a Justiça negou a participação do Cade no processo.
Para o Conselho, o ato de dar descontos "não só não se trata de preço predatório mas também de prática sadia que gera benefícios para a concorrência e para o consumidor".
O Cade também autorizou a Procuradoria do órgão a atuar em ações judiciais movidas contra as farmácias que praticam os descontos em medicamentos, "para evitar que os consumidores sejam prejudicados com a eventual imposição de limitação a esses descontos".
Esta foi uma das últimas decisões da presidente Elizabeth Farina à frente do Conselho, seu mandato, de dois anos terminou ontem sem que tenha havido a nomeação definitiva do novo presidente. A presidência fica agora com o conselheiro Ricardo Cueva.


Recomendação
A Secretaria de Direito Econômico (SDE) já havia recomendado o arquivamento das denúncias em maio deste ano. Na ocasião, a SDE arquivou 21 denúncias sobre a prática de descontos considerados excessivos por redes de farmácias e drogarias e encaminhou ofício ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que agora se manifestou sobre o arquivamento dos processos.
Na época, a SDE recomendou, ainda, ao Cade a adoção de medidas para reverter os efeitos de diversos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), celebrados pelo Ministério Público em vários estados, e de decisões judiciais que limitavam a concessão de descontos por farmácias e drogarias.
Para a diretora do Departamento de Proteção e Defesa Econômica (DPDE), Ana Paula Martinez. "a prática de descontos pelas farmácias é benéfica ao consumidor e qualquer limitação no percentual que pode ser dado prejudica o acesso da população - especialmente a mais pobre e doente - a medicamentos".
Segundo a diretora, descontos só seriam lesivos à concorrência se quem os pratica pudesse, com isso, falir seus concorrentes para, depois, voltar a aplicar altos preços. "Esse é um risco que não existe, tendo em vista que a regulação de preços vigente no País impede que farmácias e drogarias cobrem preços além dos permitidos pelo governo".


Início da discussão
A discussão veio à tona em função de denúncias de práticas desleais de concorrência, como o que vem ocorrendo no Ceará, onde a Drogaria São Paulo começou a se instalar em 2004.
A empresa, com o objetivo de ganhar mercado, estava concedendo descontos de 30% a 50% aos seus clientes. Com base no argumento dos concorrentes - de que essa prática poderia levar à falência -, o Ministério Público assinou um acordo com o sindicato de farmácias de Fortaleza proibindo descontos de mais de 15%. Como a Drogaria São Paulo continuava a praticar os 30%, o assunto foi levado à Justiça.
Como a estratégia dos descontos foi acompanhada por outros estabelecimentos de grande porte, os pequenos comerciantes, que não conseguiam acompanhar os percentuais oferecidos, reclamaram de "concorrência desleal" e acusaram de dumping (preço abaixo do custo). O fato motivou uma série de liminares, e, por fim , em uma decisão da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que limitou o desconto em 15%.
Além disso, a Justiça rejeitou recurso movido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que buscava o direito de atuar como assistente no processo judicial sobre a prática de descontos em medicamentos. Os desembargadores negaram a apelação reconhecendo a ilegitimidade do Cade no processo. Ainda cabe recurso.
O Cade decidiu arquivar as denúncias contra farmácias que oferecem descontos na venda de remédios por não haver indício de que a prática traria prejuízos à livre concorrência.

FONTE: DCI / PANEWS

Prexige: Procedimentos para Ressarcimento. Instrução Oficial da Novartis.

24 de julho de 2008

Orientações sobre o recolhimento de Prexige® (lumiracoxibe)

 

Caro(a) parceiro(a) comercial,
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu cancelar o registro da apresentação de 100 mg de Prexige® (lumiracoxibe) e suspender a comercialização de 400 mg, pelo período de 90 dias, em todo o território nacional.


Todos os pacientes em tratamento devem suspender imediatamente o uso da medicação e procurar seus médicos. Nesse momento, contamos com o apoio de vocês para dar andamento aos procedimentos de recolhimento do medicamento, no prazo de até 120 dias, conforme determinação da Agência. A logística para o recolhimento se dará da seguinte forma:

Os pacientes terão 30 dias, a partir de 25.07, para procurar uma farmácia - portando a caixa do medicamento, com pelo menos um blister contendo no mínimo um comprimido - e solicitar o reembolso do valor pago, tendo como referência o preço máximo ao consumidor.
Não há necessidade que o paciente procure a mesma farmácia onde comprou o medicamento. O reembolso será realizado tanto para a apresentação de 100 mg, conforme determinado pela Anvisa, quanto para a de 400 mg, conforme deliberação da Novartis, quando houver a solicitação por parte do paciente.


Para as farmácias que são abastecidas por distribuidores:
  Caso tenham na prateleira e/ ou no estoque embalagens fechadas de todas apresentações, as farmácias que são abastecidas por distribuidores deverão devolvê-las para os distribuidores autorizados (vide anexo), do qual adquiriram o produto. Os distribuidores autorizados deverão reembolsá-las, pelo custo de aquisição, mediante emissão de nota de crédito ou ação equivalente.

  Para embalagens abertas, recolhidas dos pacientes, as farmácias deverão emitir uma nota fiscal de venda para o distribuidor autorizado, que providenciará o recolhimento do produto e reembolso do valor devido, tendo como referência o preço máximo ao consumidor.

  A periodicidade dessa ação deve ser alinhada entre a própria farmácia e seu distribuidor.

Para os distribuidores e farmácias que têm relacionamento direto com a Novartis:
  Para as embalagens fechadas, os distribuidores e farmácias que têm relacionamento direto com a Novartis deverão devolver o estoque de Prexige 100 mg para a empresa, que fará o reembolso dos valores devidos, mediante nota de devolução e posterior emissão de
nota de crédito.
  Para a apresentação de Prexige 400mg, os gerentes de conta Novartis informarão sobre o procedimento a ser adotado.
  Para embalagens abertas, recolhidas dos pacientes, os distribuidores e farmácias deverão, semanalmente, solicitar à Novartis, por meio de emissão de nota fiscal de venda, o ressarcimento do crédito efetuado para as farmácias e pacientes, tendo como base o preço máximo ao consumidor.

Para as redes diretas (produtos adquiridos via distribuidores):
  Para as embalagens fechadas, as redes deverão devolver o estoque de Prexige 100 mg para a Novartis, caso tenha comprado diretamente dela, ou para o distribuidor, caso tenha comprado por intermédio do mesmo. O reembolso dos valores devidos será efetuado mediante nota de devolução e posterior emissão de nota de crédito.
  Para a apresentação de 400 mg, os gerentes de conta da Novartis informarão sobre o procedimento a ser adotado.
  Para embalagens abertas, recolhidas dos pacientes, as redes deverão, semanalmente, solicitar à Novartis, por meio de emissão de nota fiscal de venda, o ressarcimento do crédito efetuado para os pacientes, tendo como base o preço máximo ao consumidor.


Gostaríamos de agradecer antecipadamente seu comprometimento e dedicação na execução desse processo. Com isso, reafirmamos nosso respeito aos pacientes e a total confiança em nossos parceiros comerciais.


Caso tenha qualquer dúvida, nos colocamos à disposição por meio de nosso Serviço de Informação aos Clientes, 0800 888 3003.

Atenciosamente,
  Marcelo Morkoski


Anexo I – Relação de distribuidores autorizados a proceder o recolhimento na cadeia secundária


Cliente corporativo
AMERICAN FARMA DIST FARM LTDA
ATHOS FARMA
BARENBOIM & CIA LTDA
DIMED S A DISTR DE MEDIC
DISTR BRASIL MEDIC LTDA
DISTR FARM MARILIA LTDA
DISTR FARM PANARELLO LTDA
DISTR LUNAR LTDA
DISTR MEDIC ANB FARMA LTDA
DISTR MEDIC STA CRUZ LTDA
DISTR MODERNA LTDA
DISTR PRODS FARM GRAMENSE LTDA
DISTRIBUIDORA CENTRO AMERICA LTDA
DROGACENTER DISTR MEDIC LTDA
GENESIO A MENDES & CIA LTDA
IMIFARMA PRODS FARM COSM SA
JORGE BATISTA & CIA LTDA
JULIFARMA DISTR PROD F P LTDA
MEDLOG COM MED LTDA
MEGA FARMA DIST P F HOSP LTDA
MERCANTIL FARMED LTDA
NAZARIA DISTR PROD FARM LTDA
PROFARMA DISTR PROD FARM S/A
RECOL REPR COM LTDA
SB COMERCIO LTDA
SERVIMED COML LTDA
STA RITA DISTR PROD FARM LTDA
SUDESTEFARMA SA PROD FARM
TAPAJOS DISTR PRODS FARMA LTDA

Marcelo Morkoski
Diretor de Operações Comerciais Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 04706-900 São Paulo – SP Brasil
http://www.novartis.com.br
Serviço de Informação ao Cliente (SIC) F.: 0800-8883003
E-mail:
sic.novartis@novartis.com

domingo, 27 de julho de 2008

Dá para confiar nos antiinflamatórios?

A proibição da venda do Prexige no Brasil é mais um alerta sobre os riscos do consumo desses remédios. Por que os problemas só aparecem quando as drogas já estão no mercado e o que fazer para substituí-las

 

Renato Stockler

A PÍLULA DOS ATLETAS
Corredores se exercitam no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O Prexige é um dos preferidos dos esportistas para combater dores musculares e nas articulações

De médico e louco todo mundo tem um pouco. Esse ditado faz todo sentido quando se lêem os palpites sobre saúde que aparecem nos fóruns da internet. Um lutador de jiu-jítsu incomodado com o polegar inchado pede ajuda. “Toma Prexige”, alguém responde. Um piloto de kart reclama da dor sofrida numa trombada. Prexige é a dica. O rapaz que levantou pesos demais na academia está com dor nos ombros. A receita? Prexige. Os fãs brasileiros do antiinflamatório produzido pela Novartis terão de encontrar outro alívio para suas dores ou se convencer de que a automedicação é um veneno. Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda do remédio, na versão para uso contínuo (comprimidos de 100 miligramas). O registro do produto de 400 miligramas, indicado para dores agudas, está suspenso por 90 dias.

No fim de agosto, a agência voltará a discutir a situação do Prexige de 400 miligramas. Também será definido o destino de outros remédios da mesma classe: o Bextra e o Celebra, da Pfizer; e o Arcoxia, da Merck Sharp & Dohme. “Não podemos fazer uma restrição a apenas um produto se há outros medicamentos da mesma classe sendo usados no país”, diz Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa.

Entre julho de 2005 e abril de 2008, foram notificados em vários países 3.585 casos de efeitos adversos relacionados ao Prexige. Desse total, 35% dos casos aconteceram no Brasil. A maior parte das ocorrências diz respeito a problemas hepáticos graves, como inflamação no fígado (hepatite). Outros danos estão sendo analisados: hemorragias, inflamação no pâncreas, insuficiência renal e infarto.

O Prexige, lançado no Brasil em julho de 2005, jamais conseguiu ser aprovado nos Estados Unidos. A agência americana que controla medicamentos (FDA) não se convenceu da segurança do remédio. As autoridades ficaram mais rigorosas desde o caso Vioxx – medicamento da mesma classe que foi retirado do mercado mundial em 2004 por aumentar o risco de infarto e derrame. “O FDA desenvolveu uma fobia em relação a esses antiinflamatórios e nenhum produto dessa classe conseguiu ser aprovado no país”, diz Jorge Safi, diretor da área terapêutica da Novartis. A vigilância tornou-se mais dura também em outros países. Em agosto de 2007, a agência australiana reguladora de medicamentos, Therapeutic Goods Administration (TGA), recebeu oito notificações de problemas hepáticos graves. Foi o suficiente para cancelar o registro do remédio no país. Dos 35 países que o consumiam, apenas seis ainda permitem as vendas: México, Colômbia, Equador, República Dominicana, Bahamas e Brasil (só na versão de 400 miligramas).

Pode-se argumentar que a Anvisa demorou para tomar uma atitude. Por que esperar tanto tempo para cancelar o registro de um remédio que já havia sido banido de outros mercados e nem sequer conseguiu ser aprovado nos EUA? A direção da Anvisa afirma que não seguiu imediatamente a decisão da agência australiana porque ela foi baseada no uso prolongado do produto de 200 miligramas. A dose mais elevada aprovada no Brasil é de 400 miligramas para uso de curto prazo – até dez dias. Por isso, a Anvisa decidiu continuar as análises. Mas decidiu pela proibição ao notar um aumento significativo do registro de reações hepáticas. Em janeiro de 2007, haviam sido notificados 16 casos. Em agosto, o número subiu para 93 e chegou a 211 em abril deste ano.

Foram notificados 3.500 casos de efeitos adversos
relacionados ao Prexige, 35% deles no Brasil

Há duas semanas, a venda do remédio já havia sido suspensa no Estado de São Paulo por determinação do Centro de Vigilância Sanitária. O órgão investiga as circunstâncias da morte de um idoso tratado com Prexige. Segundo a família, ele tomou o remédio para aliviar a dor provocada por uma queda. Começou a sentir dores abdominais no quarto dia de tratamento e morreu no 11o dia. Foi constatada hemorragia gastrintestinal.

A Novartis diz ter recebido relatos de 30 mortes de pessoas que estavam usando o remédio no mundo – seis delas no Brasil. Os pacientes brasileiros morreram por problemas cardiovasculares, hemorragias e infecções. “O remédio já foi usado por 9,5 milhões de brasileiros e não conseguimos estabelecer nenhuma relação entre o uso do Prexige e os seis óbitos”, diz Safi.

Os consumidores já viram esse filme outras vezes. As agências reguladoras relutam em tomar atitudes drásticas, as empresas se defendem e tentam esticar a permanência do produto no mercado e os pacientes não sabem em quem confiar. O caso Vioxx trouxe à tona os choques de interesses que marcam essa indústria. Os fabricantes de remédios querem que seus produtos cheguem ao mercado o mais rápido possível para compensar os enormes investimentos feitos em pesquisa. Os consumidores anseiam por novidades, mas ao mesmo tempo querem medicamentos seguros. Nesse conflito, os laboratórios têm levado a melhor. Os remédios não são testados por tempo suficiente. É por isso que os efeitos nocivos de alguns deles só são detectados depois que o produto já está no mercado.

Nenhuma empresa deseja deliberadamente ter problemas com a segurança de seus produtos. Muitas investem em estudos de longo prazo. É muito difícil, porém, conseguir reunir milhares de voluntários em vários centros do mundo, obter licença de pesquisa das autoridades locais e realizar todos os estudos internacionais exatamente sob as mesmas condições. Uma das maiores avaliações realizadas com o Prexige envolveu 18 mil pacientes. É um número elevado para o padrão dos estudos clínicos. Mas é muito pouco perto da experiência obtida a partir do uso do remédio por milhões de pessoas.

Algumas lições podem ser aprendidas quando remédios sofisticados e promovidos com tanto entusiasmo são retirados do mercado. A primeira delas é que nem sempre o medicamento mais moderno é o melhor. O Prexige faz parte de uma classe de drogas chamadas de inibidores da COX-2. Nos anos 70, o cientista inglês John Vane descreveu a ação da enzima ciclooxigenase s (COX), envolvida no processo inflamatório. A descoberta rendeu a Sir John Vane o Prêmio Nobel. No início da década de 90, descobriu-se a existência de dois tipos da enzima. A COX-1 protege o estômago, aumenta a circulação renal e ajuda as plaquetas na coagulação do sangue. A COX-2 precisa ser combatida. Ela é uma das principais causas de inflamação.

Os antiinflamatórios disponíveis até o fim da década de 90 atuavam indistintamente sobre os dois tipos da enzima. Combatiam a inflamação, mas produziam efeitos colaterais gastrintestinais porque também reduziam a COX-1. Em 1999, foi lançado o primeiro antiinflamatório capaz de combater preferencialmente a COX-2. Era o Movatec, da Boehringer Ingelheim, que continua até hoje no mercado. A partir daí houve uma corrida da indústria farmacêutica para lançar produtos capazes de atuar apenas sobre a COX-2.

“Na teoria eles funcionavam muito bem. Mas os anos de prática mostraram que as promessas de combate à inflamação com efeitos colaterais reduzidos não se cumpriram”, diz o reumatologista José Goldemberg, do Hospital Israelita Albert Einstein. Professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ele acompanhou toda a euforia e a decepção em torno dos novos antiinflamatórios desde a descoberta de John Vane. Acredita que muitos médicos vão preferir retroagir no tempo. “Voltamos a usar o que receitávamos nos anos 90.”

Os médicos estão voltando a receitar os antiinflamatórios
do início dos anos 90

Mesmo que toda a classe de inibidores da COX-2 seja retirada do mercado, os consumidores continuarão tendo opções de combate à dor. As principais são as drogas diclofenaco (Cataflam e Voltaren, por exemplo), ibuprofeno e naproxeno. Elas são eficientes e mais baratas. Mas também podem provocar efeitos colaterais graves. Todo antiinflamatório deve ser consumido com orientação médica e, quando possível, por períodos curtos. “Os brasileiros têm mania de tomar antiinflamatório quando estão interessados apenas na função analgésica”, diz Fernando Neubarth, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia. “Se a questão é só combater a dor, há analgésicos mais seguros capazes de fazer isso sem provocar danos.”

O combate à dor não depende apenas de remédios. Existem outros recursos eficazes, como acupuntura, reeducação postural, atividade física. Os brasileiros precisam perder o hábito de tomar antiinflamatórios para tudo. Os inibidores da COX-2 foram aprovados basicamente para tratamento de artrite crônica e dores agudas como as provocadas por cólicas menstruais. Mas, lançados com ações de marketing agressivas, esses produtos conquistaram um público muito maior que o previsto inicialmente. São usados em muitas outras situações e receitados por ortopedistas, dentistas, reumatologistas.Viraram, também, a primeira escolha de atletas de fim de semana que machucam o joelho ou de pessoas que buscam alívio rápido para as dores de cabeça.

O faturamento do Prexige no Brasil quadruplicou desde 2005. No ano passado, foram vendidos quase 3 milhões de unidades – por quase R$ 89 milhões. O Prexige tinha 35% do mercado de inibidores da COX-2, só atrás do Arcoxia (38%). A ampliação do uso de uma droga desenvolvida para um público específico fez a indústria farmacêutica sentir um efeito positivo e outro negativo. No curto prazo, os lucros aumentaram. No longo prazo, o excesso de divulgação pode ter arruinado um produto promissor. Quando milhões de pessoas passaram a usar esses remédios (grande parte delas de forma desregrada e sem acompanhamento médico), efeitos adversos começaram a aparecer. Ironicamente, a indústria que pretendia vender esses remédios para todos os públicos possíveis corre o risco de não poder vendê-los para nenhum. É uma grande lição – para as empresas e, principalmente, para os consumidores.

O mais moderno nem sempre é o melhor
A decadência da mais recente classe de antiinflamatórios

Sendi Moraes

CELEBRA (celecoxibe)
Principais usos
Osteoartrite e cólicas menstruais
Efeitos adversos graves
Pode causar problemas cardíacos quando consumido em doses diárias acima de 200 miligramas
Situação no Brasil
Está liberado. A Anvisa vai reavaliar o registro em agosto

PREXIGE (lumiracoxibe)
Principais usos
Osteoartrite, dores agudas, cólica menstrual
Efeitos adversos graves
Hepatite, hemorragias, insuficiência renal, infarto
Situação no Brasil
A Anvisa proibiu a venda dos comprimidos de 100 miligramas e suspendeu por 90 dias a venda dos de 400 miligramas

ARCOXIA (etoricoxibe)
Principais usos
Crises de gota, inflamação na coluna e nas articulações
Efeitos adversos graves
Eleva o risco de infarto e derrame, segundo alguns estudos
Situação no Brasil
Está liberado. A Anvisa vai reavaliar o registro em agosto

BEXTRA (parecoxibe)
Principais usos
Osteoartrite, cólicas menstruais
Efeitos adversos graves
Reações dermatológicas
Situação no Brasil
Apenas a versão injetável continua no mercado. A Anvisa vai reavaliar essa autorização em agosto

VIOXX (rofecoxibe)
Principais usos
Cirurgias odontológicas, artrite reumatóide, tendinites
Efeitos adversos graves
Infarto, derrame e problemas renais
Situação no Brasil
Deixou de ser vendido em todos os países em 2004

FONTE : ÉPOCA, 25/07/08 por Cristiane Segatto.

Corrida Farmácia Bompreço - Recife te quer saudável - Veja como foi


Muito organizada, a primeira corrida Farmácia Bompreço.

Detalhes no site oficial: http://www.corpore.org.br/cws_exibeconteudogeral_2245.asp

Vencedores

A manhã de 27 de julho foi marcante para a Corpore, a cidade de Recife e Farmácia Bompreço, pois nessa data foi realizada a Corrida Farmácia Bompreço – Recife te quer saudável, evento que marcou a entrada da Corpore no Nordeste Brasileiro e o início de uma parceria com a Farmácia Bompreço. “Acho que essa é a primeira de muitas que esperamos fazer não só em Recife, mas em todo o Nordeste. A Farmácia Bompreço está aliada à saúde, ao bem-estar e nada como a corrida para reforçar essa proposta de valor. É muito bom ter um parceiro como a Corpore para levar essas provas pelo Nordeste. Espero que essa seja a primeira de muitas”, foi o que afirmou Marcos Ambrozzano, vice-presidente da Farmácia Bompreço.

O evento teve retirada de kits antecipada, fazendo com que diversos atletas chegassem à arena da prova, montada na praça da Boa Viagem, vestindo a camiseta do evento, surpreendendo positivamente Elcio Miranda, Diretor Geral de Farmácias. “O que me chamou a atenção foi o percentual de pessoas correndo com a camiseta da prova”, afirmou. Elcio também lembrou do nascimento da prova “Há um ano estávamos conversando sobre fazer uma corrida em Recife e agora conseguimos realizá-la. Estamos super satisfeitos com o resultado, um dia ensolarado, muitas pessoas reunidas”.

Desde às 6h os participantes já podiam utilizar os serviços oferecidos pela organização e, com chip de cronometragem e número de peito já colocados, faziam os últimos preparativos, alongamento e aguardavam a largada que foi dada pontualmente às 8h para os atletas dos 10km e às 8h30 para 5km.

Com o percurso todo na avenida Boa Viagem, os atletas correram ao lado do mar durante toda a prova podendo desfrutar de uma paisagem paradisíaca. E, nesse cenário, o atleta Ubiratan José dos Santos conseguiu tomar a dianteira logo após o km 5 para não mais perder. “No meio da prova consegui fazer meu trabalho, ir pra frente e graças a Deus deu tudo certo e consegui vencer a prova. O evento foi maravilhoso!”

Entre as mulheres, Sara Liberato Diniz de Lima conseguiu abrir uma boa vantagem e venceu com certa tranqüilidade.

Atletas experientes e rápidos venceram a prova, porém o evento estava repleto de amadores, estreantes nas corridas de rua ou aqueles que pela primeira vez corriam em uma prova com classificação, medalha, camiseta... Entre eles estavam Daniel Barreto (correndo pela primeira vez por influência de amigos), Paulo Vladimir (que fazia sua primeira corrida em Recife, já que mora na cidade há apenas 6 meses) e Paula Anuncio (surpresa com a organização e animação do evento).

E no meio dos cerca de 1600 inscritos, também encontramos algumas pessoas que já conhecem o trabalho Corpore e, mais uma vez, participavam de um evento organizado pela entidade, como o piloto Flavio Filgueiras. “Costumo a correr todas as provas da Corpore e não poderia ficar de fora dessa primeira corrida em Recife. É um prazer estar aqui e a organização está impecável como sempre”, contou o piloto que conseguiu acertar sua agenda para fazer um vôo para Recife no dia da prova, ou seja, pôde correr no intervalo entre um vôo e outro.

Foi essa diversidade de pessoas, uma boa organização e a linda cidade de Recife que tornaram esse evento um sucesso logo em sua primeira edição. “O evento foi um sucesso e a nossa idéia é ter mais uma edição dessa corrida no próximo ano, fazer outras edições da corrida em outras praças. Queremos fomentar esse esporte democrático”, afirmou Alexandre Primo, Gerente de Marketing Corporativo da Farmácia Bompreço.

David Cytrynowicz, Presidente da Corpore, além de confirmar o interesse pela segunda edição da prova, também falou sobre essa ótima experiência e benefícios que ela trouxe para todos. “Diferente de outras praças, aqui as provas são feitas, em sua grande maioria, por amor, carinho e raça. Com isso, às vezes a organização peca. Virmos para cá, trazendo a prova com um outro patamar de organização é importante tanto para a Corpore para abrir horizontes como para o público local, pois outras provas terão um outro patamar e outra condição de qualidade, beneficiando os atletas e cidadãos de Recife”.

FONTE: Site www.corpore.org.br , por Marcel Trinta

Mais marketing que saúde

Livro conta como fabricantes de medicamentos “criam” doenças, patrocinam pesquisas e fazem lobby milionário para vender cada vez mais remédios aos consumidores americanos

 

EXAME- O suíço Daniel Vasella, presidente da Novartis, é um dos expoentes da indústria farmacêutica mundial. Médico de formação, ele decidiu abandonar o consultório em 1988, aos 35 anos de idade, para trabalhar na área de vendas da fabricante de medicamentos americana Sandoz. Vasella fez, então, uma carreira rápida e bem-sucedida e, em 1996, assumiu o comando da Novartis, empresa resultante da fusão da Sandoz com a Ciba-Geigy e uma das cinco maiores do mundo no setor. Anos atrás, durante uma entrevista, Vasella foi perguntado sobre como sua empresa conseguia criar os medicamentos de sucesso exigidos pelos investidores. Sua resposta foi tão direta quanto surpreendente. “Você cria um desejo”, afirmou ele, como se estivesse falando de um produto de consumo como qualquer outro.

Quem fez a pergunta a Vasella foi a jornalista Melody Petersen, ex-repórter do The New York Times, especializada na cobertura da indústria farmacêutica. Depois de vários anos nesse privilegiado posto de observação, Melody decidiu revelar os meandros do bilionário mercado de saúde. O resultado está no recém-lançado Our Daily Meds — How the Pharmaceutical Companies Transformed Themselves into Slick Marketing Machines and Hooked the Nation on Prescription Drugs (numa tradução livre, “Os remédios nossos de cada dia: como as empresas farmacêuticas se transformaram em máquinas de marketing escorregadias e viciaram a nação em drogas prescritas”). Para Melody, os tempos quase românticos em que a indústria farmacêutica era movida por cientistas e médicos interessados em pesquisar a cura de doenças graves ficaram inexoravelmente para trás. Agora, o setor — fundamental para o bem-estar e para a longevidade — é dominado por marqueteiros. “Vender remédios, e não inventá-los, tornou-se a obsessão”, diz ela.

As empresas parecem estar triunfando nessa nova missão. Em 2005, os americanos gastaram 250 bilhões de dólares em remédios vendidos sob prescrição médica — mais do que consumiram com fast food ou gasolina, por exemplo. Se comparado a outros países, esse volume é ainda mais impressionante. Os Estados Unidos gastam mais com remédios que Japão, Alemanha, França, Itália, Espanha, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, México, Brasil e Argentina — juntos. Em 2006, um americano tomou, em média, 12 remédios prescritos por médicos — em 1994, a média foi oito. Entre a população idosa, o índice chega a 30 drogas anualmente. Graças a essa epidemia, entre 1995 e 2002, a indústria farmacêutica foi o setor mais lucrativo da economia americana. Em 2004, segundo dados da revista Fortune, a cada dólar vendido pelas farmacêuticas, 16 centavos se transformavam em lucro — ante a média de 5 centavos dos outros setores.

Para alcançar esse resultado fabuloso, é preciso investir muito dinheiro. Uma das mais importantes frentes de batalha das companhias farmacêuticas é travada em Washington. Entre 1998 e 2004, a indústria farmacêutica gastou mais em lobby do que qualquer outro setor. Em 2004, o número de lobistas trabalhando para as farmacêuticas instaladas nos Estados Unidos somava o dobro de representantes do Congresso americano. Para a autora do livro, o efeito desse corpo-a-corpo é imediato. Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que não controla o preço dos remédios vendidos sob prescrição. Além disso, são um dos raros países no mundo que permitem propaganda de remédios prescritos para consumidores (a Nova Zelândia é a outra exceção).

Com o caminho livre, as empresas investem fortunas para propagandear seus produtos. Segundo Melody, cerca de 25% do preço de um medicamento prescrito corresponde a gastos com marketing — a soma é maior que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, por exemplo. Um dos maiores exemplos da força dessa máquina foi o lançamento do Detrol, no final dos anos 90. Fabricado pela Pharmacia (que viria a ser comprada pela Pfizer), o Detrol surgiu para curar uma doença até então desconhecida dos americanos e batizada pelo fabricante de “bexiga hiperativa”. Uma das preocupações iniciais dos executivos da Pharmacia foi que a doença não fosse confundida com a já conhecida incontinência — um mal que, para muitos médicos, não poderia ser tratado com medicamentos e que faria parte do processo natural de envelhecimento. Para isso, o primeiro passo foi arregimentar médicos. A Pharmacia organizou dois simpósios em Londres, em 1997 e em 1999, e bancou praticamente todas as despesas dos participantes. Alguns doutores chegaram a entrar na folha de pagamentos da empresa, como consultores ou palestrantes — prática amplamente utilizada pela indústria. Nesses dois encontros, os médicos definiram os sintomas do novo mal (um deles é ir ao banheiro mais de oito vezes em 24 horas). Uma vez criada a doença, era hora de torná-la conhecida do grande público. Além do boca-a-boca dos médicos, a Pharmacia contou com uma campanha publicitária que incluiu anúncios em revistas de circulação nacional e até a contratação da atriz Debbie Reynolds. A protagonista do filme Dançando na Chuva fazia questão de declarar em entrevistas que depois que começou a tomar o Detrol sua vida na estrada — ela ainda fazia turnês pelo país — tinha ficado muito mais fácil. (Debbie só não falava que alguns pacientes medicados com Detrol começaram a ter alucinações...)

Usar a imagem de gente famosa para promover remédios prescritos, aliás, tornou-se um dos expedientes mais usados pela indústria. A Bristol-Myers Squibb, por exemplo, contratou o ciclista Lance Armstrong. Vítima de câncer aos 25 anos de idade, ele venceu a doença e sagrou-se o maior campeão de todos os tempos da Volta da França, a prova ciclística mais tradicional do planeta. A Bristol tornou-se uma das principais patrocinadoras da Live Strong, ONG que Armstrong mantém para ajudar vítimas da doença — e o atleta começou a creditar sua recuperação a um remédio do fabricante. Depois de uma das vitórias do ciclista, a farmacêutica veiculou um anúncio em que dizia: “Este milagre foi trazido a você pela Bristol-Myers Squibb”. A verdade, porém, não era exatamente essa. O tal milagre fora resultado de uma pesquisa da Michigan State University, feita com dinheiro do governo — e não uma descoberta da Bristol. À empresa farmacêutica coube apenas licenciar o produto e colocá-lo à venda.

O efeito colateral dessa avalanche de medicamentos é perturbador. Especialistas estimam que 100 000 americanos morram todos os anos por problemas decorrentes do uso de remédios. Feitas as contas, são cerca de 270 vítimas diariamente — o dobro das mortes causadas por acidentes com automóveis. “Os remédios com prescrição matam mais americanos que o diabetes ou o mal de Alzheimer”, diz Melody. Para piorar, mesmo entupidos de remédios, os americanos não estão conseguindo aumentar sua expectativa de vida. Segundo a autora, em 1980 uma americana de 65 anos de idade tinha expectativa de vida maior do que quase todas as mulheres nascidas em outros países do mundo. Em 2002, numa avaliação da longevidade da população da qual participaram 30 países, as senhoras americanas ficaram com uma modesta 17a posição. A expectativa de vida dos homens nos Estados Unidos também caiu — um americano de 65 anos corre hoje o risco de morrer mais cedo que um mexicano da mesma idade.

Embora o livro tenha um quê de teoria conspiratória (lembra o estilo de País Fast Food, publicado pelo jornalista Eric Schlosser em 2001, que tinha como alvo a indústria de alimentação rápida dos Estados Unidos), parte da crítica feita por Melody começa a ser, de algum modo, reconhecida. Em junho, algumas das maiores companhias americanas, como Merck e Pfizer, concordaram em fazer uma espécie de moratória e suspender por seis meses a veiculação de anúncios de novos medicamentos vendidos sob prescrição médica. Além disso, elas vão reavaliar a participação de médicos em suas propagandas. Pode ser o começo de sua reabilitação.

FONTE: EXAME | 24.07.2008 - Por Cristiane Correa

Comerciário tem reajuste de até 9,3%. Piso salarial de 100 mil pessoas do Recife passou de R$ 493 para R$ 505

O piso salarial dos comerciários do Recife foi reajustado, passando de R$ 493 para R$ 505, mais ajuda-alimentação de R$ 35. O anúncio foi feito, ontem, pelo Sindicato dos Empregados no Comércio do Recife, depois de mais de 20 dias de negociação, acordada na convenção coletiva de trabalho com o sindicato patronal. A medida atinge pelo menos 100 mil comerciários da capital pernambucana. Foi o maior índice obtido pela categoria em todo o País. Segundo o presidente do sindicato, Severino Ramos, o novo piso é retroativo a 1º de julho e o aumento de 9,3% - para os trabalhadores que recebem o piso - e de 7,5% para aqueles que recebem acima do piso ficou acima do esperado pela categoria. “Podemos afirmar que essa foi uma grande conquista, pois os comerciários esperavam um incremento abaixo de 7%”, disse Ramos. Nos domingos trabalhados, o valor ficou em R$ 8, mais um direito de folga.

Para o proprietário do bar Novo Pina, no Centro do Recife, Waldemir Luiz dos Santos, o reajuste é válido para os funcionários, mas pode pesar no bolso dos empresários e donos de lojas no comércio. “Tenho seis empregados e acho que o aumento poderia ter sido entre 5% e 6%, pois temos muitas despesas e, se os salários pesarem muito, terei de pensar em corte de funcionário”, alertou.

Ruim para quem paga, bom para quem recebe. A comerciária Alana Barroso de Andrade, que trabalha há seis meses na loja Market Paper, no Paço Alfândega, mora com a avó e ajuda nas despesas de casa. Ela confessa que o aumento veio em boa hora. “Já estamos no segundo semestre e as despesas de fim de ano são grandes”, disse a comerciária que, no entanto, critica o valor da ajuda-alimentação. “Já recebi auxílios maiores e R$ 30 não chega nem perto do que precisamos gastar com alimentação. Sempre utilizo parte do meu salário para complementar as despesas”, contou. De acordo com informações do sindicato, o último reajuste foi de 6,3%, no salário-base, em julho do ano passado, sendo de 4,5% o incremento para aqueles que recebem acima do piso.

Fonte: Folha de Pernambuco – Economia 23.07.2008 por SARAH ELEUTÉRIO

Apevisa apreende suplemento vendido como estimulante


Uma ação conjunta da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e da Delegacia do Consumidor apreendeu no Recife, na manhã desta sexta-feira (25), 900 frascos do Prazeron Plus. Registrado como suplemento alimentar, o produto, fabricado pela Nutriplus, era vendido como estimulante, prometendo ativar a energia sexual, combater o esgotamento físico e mental e estimular a atividade cerebral.

A investigação começou após denúncias de consumidores e da veiculação de peças publicitárias do Prazeron Plus na TV e no rádio. Um escritório da TBA Distribuidora do Brasil Ltda, localizado na Ilha do Leite, área central do Recife, era utilizado como local de estocagem do Prazeron Plus e foi lacrado pela Apevisa e pela Delegacia do Consumidor. O dono do estabelecimento não foi localizado durante a ação conjunta.

"Recebemos diversos telefonemas de consumidores e até de algumas autoridades reclamando da forma agressiva dessas peças publicitárias", afirma Jaime Brito, gerente da Apevisa. Um inquérito policial será aberto pela Delegacia do Consumidor e o dono da empresa será enquadrado no artigo 273 (crime contra a saúde pública), podendo pagar uma multa de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Ele pode pegar de 10 a 15 anos de prisão.

 

Fonte: Do JC OnLine
Com informações de Cidades/JC e da Rádio Jornal -
25/07/2008 16h29

IMPOSTO SOBRE DOAÇÕES (12/7/2008). Ceará vai cobrar mais Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCD)

 

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Mauro Filho informa que a nova cobrança sobre o ITCD começa a partir de agosto ou setembro próximos (Foto: Miguel Portela)

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Pessoas físicas ou jurídicas que tenham realizado doações em dinheiro, de bens móveis e/ou imóveis ou até mesmo de semoventes (animais) e que os tenha declarado à Receita Federal este ano, serão surpreendidos em agosto ou setembro próximos, com a cobrança, pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCD), relativo ao bem doado. Sobre doações no valor de até R$ 50 mil, o ITCD será de 2% e acima desse valor, de 4%, que deverão ser recolhidos aos cofres estaduais.

Antecipada com exclusividade pelo jornalista Egídio Serpa, em sua coluna na edição de ontem, do Diário do Nordeste, a novidade foi confirmada pelo secretário Estadual da Fazenda, Mauro Benevides Filho. Segundo ele, a cobrança está prevista na Lei Federal Nº 11.527, de 30 de dezembro de 1988, mas até agora, não vinha sendo realizada por nenhum Estado da Federação.
´Não estamos criando um novo imposto, mas apenas aperfeiçoando a cobrança do ITCD´, antecipa-se o secretário, para, em seguida, reconhecer que ´essa medida vai gerar polêmica, sobretudo entre as pessoas das classes mais altas, que são as que têm condições de fazer doações´.
De acordo com ele, ´o aperfeiçoamento da cobrança do ITCD´, vai permitir quadruplicar a arrecadação Estadual, elevando a receita relativa ao tributo, dos atuais R$ 20 milhões, anuais, para cerca de R$ 80 milhões, por ano. Somente no primeiro semestre deste ano, o ITDC gerou R$ 9,37 milhões em receitas ao tesouro do Estado, valor 215% superior aos R$ 5,08 milhões recolhidos em igual período do ano passado.

Parceria
Até agora, explica o secretário a cobrança do ITCD relativo aos bens ou valores doados estava condicionada à iniciativa do próprio contribuinte, caso o mesmo fizesse o registro da doação em cartório. Ele informa que a cobrança, a partir da Declaração do IR, será retroativa ao ano de 2007, embora, segundo afirmou, ´podermos cobrar sobre as doações dos últimos cinco anos´.
Ele avisa que no boleto de cobrança, já irá constar o valor do tributo devido, bem como multa, juros e correção monetária que, poderão ser dispensados se o pagamento for feito integral e imediatamente, até o fim do mês do recebimento do respectivo documento.
´O que nos levou a essa cobrança foi o grande número de doações e a falta de declarações´, justificou Mauro Filho. Segundo ele, a dívida poderá ser parcelada em um número de vezes compatível com o valor da receita mensal de cada contribuinte.
Ele explicou ainda, que a cobrança tornou-se possível, a partir de convênio com a Receita Federal, que irá permitir à Sefaz ter acesso ao valor das doações dos contribuintes.

R$ 2,4 BILHÕES
Arrecadação subiu 22,3% no semestre
A nova política de arrocho fiscal adotada na atual administração fazendária estadual assegurou ao governo, no primeiro semestre deste ano, arrecadação própria de R$ 2,42 bilhões, valor 22,34% superior ao R$ 1,99 bilhão arrecadado em igual período de 2007. Somada as receitas de transferências constitucionais a esse montante, a receita total do Estado nos seis primeiros meses de 2008, somou 4,23 bilhões, valor maior 21,30% ao verificado no mesmo intervalo de 2007.
A persistir este ritmo de arrecadação, o Estado deve fechar o ano de 2008 com R$ 4,3 bilhões no caixa do Tesouro, conforme antecipou ontem, o secretário Mauro Benevides Filho. ´Estamos cobrando tudo, não passa nada´, exclama o titular da Sefaz, ao justificar os resultados auferidos.
Com arrecadação concentrada nos primeiros meses do ano, o ICMS contribuiu com 90%, ou R$ 2,18 bilhões, dos R$ 2,42 bilhões recolhidos do total de recursos próprios arrecadados pela Sefaz, no primeiro semestre deste ano. Conforme disse o secretário, com esse percentual, o Ceará registrou o maior crescimento do ICMS do País, deixando em segunda colocação o estado de Minas Gerais.
Esse tributo foi responsável sozinho por 51,62% do total da arrecadação estadual neste primeiro semestre do ano. Em segundo lugar, veio o Fundo de Participação dos Estados (FPE), cuja contribuição reuniu R$1,74 bilhão, ou 41,30% do total arrecadado.

Em junho
Somente em junho último, a arrecadação estadual própria ´abasteceu´ os cofres públicos com mais R$ 388,56 milhões, registrando incremento de 22,34% sobre os R$ 317,60 milhões recolhidos em igual mês de 2007. Apenas o ICMS contribuiu com R$ 374,7 milhões, ou 96,4% do montante total arrecado de fontes próprias estaduais.
Com tantos recursos em caixa, Mauro Filho disse que os investimentos também cresceram e tendem a aumentar mais no segundo semestre. Segundo ele, a um grande volume de obras em curso nas áreas de saúde, de infra-estrutura, assistência social, que justificam a postura fiscal. 

TRIBUTO
2%
é a alíquota do ITCD para doações anuais de até R$ 50 mil
4% passa a ser a alíquota do tributo para valores acima de R$ 50 mil
1988 foi o ano de criação do imposto, em âmbito federal
11.527 é o número da Lei Federal que criou o ITCD, conforme o Ministério da Fazenda
9,37 milhões de reais foram recolhidos em ITCD no primeiro semestre de 2008
215% foi o incremento do recolhimento no Estado com o tributo no período
5,08 milhões de reais foram recolhidos no primeiro semestre de 2007
20 milhões anuais é o que rende a cobrança do ITCD hoje ao Ceará

Fonte: Sefaz / Diário do Nordeste de 12/07/08

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Anvisa abre novas formas de negociação de dívidas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu ao setor regulado a possibilidade de requerer o parcelamento simultâneo de débitos de origens distintas. Poderão ser parceladas as dívidas contraídas pelo não pagamento de taxas de fiscalização de vigilância sanitária referentes à Autorização de Funcionamento, chamadas de AFE, e à Autorização Especial (AE).

A medida adotada pela Anvisa permite às empresas parcelar suas dívidas com autorizações desde que a dívida tenha sido contraída até dezembro de 2007. A decisão está descrita na Resolução da Diretoria Colegiada 46/08.

Até o ano passado, o agente regulado poderia optar por um único parcelamento, mas caso a Anvisa detectasse qualquer outro débito as empresas estavam obrigadas realizar o pagamento à vista. Agora as dívidas podem ser parceladas em até 60 vezes, com o valor mínimo de R$ 200 para cada pagamento.

De acordo com o Relatório Anual de Arrecadação da Anvisa de 2007, a Agência recolheu R$ 29,4 milhões (vinte e nove milhões e quatrocentos mil reais) com as autorizações de funcionamento comuns (AFE), R$ 2,9 milhões (dois milhões e novecentos mil reais) com as autorizações especiais (AE) e renovações.

As empresas interessadas no parcelamento de débitos deve realizar pelo site da Agência, na área Serviços, uma petição de regularização da autorização de funcionamento comum ou especial. Elas serão informadas de sua situação de inadimplência. Depois de conhecer o débito global, com juros e multas, a negociação com a Agência poderá ser feita pelo endereço eletrônico, parcelamento@anvisa.gov.br

Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Drogarias Vision passam a ter bandeira da Drograsil


Rede adquiriu 100% da marca de farmácias do Distrito Federal
Lojas foram reformadas e adaptadas à identidade visual da Drogasil
A rede de farmácias Vision, do Distrito Federal, passa a ter a bandeira da Drogasil, rede paulista de drograrias que adquiriu 100% da empresa no início deste ano. As lojas integraram-se os sistemas de logística e distribuição. Com as 24 lojas da Vision, a Drogasil passa a ter 245 no País, localizadas em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.

FONTE: PANEWS - Propaganda e Marketing

CRF intensifica fiscalização e 50% das farmácias da PB podem fechar


Cerca de 50% das 1.350 farmácias e drogarias que existem hoje na Paraíba podem fechar suas portas, devido ao cumprimento da Lei Federal de 1973 exigido pelo Conselho Regional de Farmácias (CRF-PB). A lei determina a permanência de um profissional farmacêutico em todos os horários em que o estabelecimento esteja aberto, o equivalente a, no mínimo, dois profissionais por dia, em estabelecimentos 24h. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos da Paraíba (Sindifarma), essa medida deve provocar o desemprego de mais de 2.000 profissionais, a exemplo de farmacêuticos, atendentes e motoboys.


Segundo Eleomar Fernandes, proprietário de uma farmácia situada na rua Arrojado Lisboa, no Monte Santo, em Campina Grande, a medida vai prejudicar muitos comerciantes e a população. “Os proprietários das pequenas farmácias, em especial do interior do Estado, vão fechar os seus estabelecimentos por falta de condições financeiras e de pessoal. No final das contas, é a população que vai sofrer sem o atendimento, pois muita gente precisa de remédio e não vai ter condições de viajar para uma cidade grande em busca de adquirir o medicamento”, destacou.

De acordo com a presidente do CRF-PB, Tereza Cristina Davi Marques, essa medida objetiva proteger a população. “Esse cumprimento da lei visa banir as ações dos donos de farmácias que não são farmacêuticos e acabam agindo como tais, indicando medicamentos, o que põe em risco a saúde da população, pois não têm a formação. Para ela, essa medida já devia estar sendo tomada há muito tempo. “Como só estou há seis meses na presidência do conselho, agora é que estamos providenciando o cumprimento dessa lei, mas essa atitude já devia ter sido tomada pelas direções anteriores”, destacou.

Conforme a presidente, o conselho já está fiscalizando as farmácias e drogarias de João Pessoa e Campina Grande e se forem encontradas irregularidades, os proprietários de farmácias serão notificados e poderão ser multados. “Nós começamos as fiscalizações pelas principais cidades paraibanas, mas o nosso trabalho se estenderá por todo o Estado. Com isso, se encontrarmos farmácias ou drogarias sem os farmacêuticos, ou seja, irregulares, os proprietários serão notificados para que justifiquem a irregularidade ao conselho, que em plenária deve julgar a multa ou não. As multas são de um salário mínimo, R$ 415, e se reincidentes, os valores dobram”, relatou.

FONTE: Jornal da Paraíba \ Panews

Novartis decide atender pedidos de reembolso por Prexige 400 mg

24/07/2008 - 18h25

O laboratório Novartis divulgou nota nesta quinta-feira informado que decidiu atender pedidos de reembolso para consumidores do Prexige 400 mg. Inicialmente, a empresa havia dito que reembolsaria só pacientes com a apresentação de 100 mg do remédio. Ocorre que a de 100 mg teve o registro cancelado em todo o país, enquanto a de 400 mg teve o registro apenas suspenso pelos próximos 90 dias.

Com isso, portanto, todos os consumidores que tiverem caixas de Prexige 100 mg ou 400 mg contendo ao menos uma cartela com ao menos um comprimido devem levá-las para qualquer farmácia e solicitar o reembolso. O reembolso e o recolhimento dos estoques do Prexige 100 mg começam amanhã (25), segundo a Novartis.

Estabelecimentos que continuarem oferecendo o Prexige 100 mg ou 400 mg estão sujeitos a multas de R$ 2.000 a R$ 1,5 milhão, entre outras sanções.

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o cancelamento do Prexige foi motivado "pelas incertezas a respeito da segurança hepática". Entre julho de 2005 a abril de 2008, houve 3.585 casos de reações adversas ao remédio, sendo 1.013 casos graves (28%). Em comunicado, a Anvisa afirmou ainda que a decisão "acompanha decisões dos principais cenários regulatórios internacionais".

Só seis países do mundo comercializam o Prexige atualmente: México, Colômbia, Equador, República Dominicana e Bahamas, além do Brasil.

Usado para o tratamento de dores e problemas de artrite, o Prexige era o segundo mais vendido do Brasil em sua categoria.

FONTE : da Folha Online

Usuários do Prexige podem pedir reembolso

 

Usuários do antiinflamatório Prexige 100 mg, que teve o registro cancelado na terça-feira (22), poderão pedir reembolso nas farmácias a partir de amanhã.

O reembolso não vale para o Prexige 400 mg, que teve a venda suspensa. Segundo o laboratório Novartis, fabricante do remédio, o reembolso pode ser feito em qualquer farmácia. É preciso apresentar a caixa do produto com ao menos uma cartela e, no mínimo, um comprimido fechado.

Usado para o tratamento de dores e problemas de artrite, o Prexige é o segundo mais vendido do Brasil em sua categoria.

Registro cancelado

O cancelamento do registro do Prexige era esperado, já que a Anvisa tomou a decisão com base em dois laudos desfavoráveis ao produto. Em comunicado, a Anvisa disse que a medida foi "motivada pelas incertezas a respeito da segurança hepática" e "acompanha as decisões dos principais cenários regulatórios internacionais".

Em agosto do ano passado, a Austrália proibiu o Prexige depois da morte de dois pacientes. Essa medida acabou copiada pelo Canadá e pelo Reino Unido. Em outubro daquele mesmo ano, o FDA (agência reguladora de produtos alimentícios e farmacêuticos), dos Estados Unidos, recusou o remédio.

Em nota, a Novartis afirmou que irá tomar todas as medidas determinadas pela Anvisa, mas que tem convicção da "segurança e eficácia" de Prexige quando utilizado "conforme a bula e sob orientação médica".
Conforme o laboratório, "o antiinflamatório foi lançado no Brasil em julho de 2005 e desde então mais de 9,5 milhões de pacientes foram tratados". "Nesse período, não foi registrado no país nenhum óbito comprovado devido a seu uso."

Substituição

Com a suspensão, a Anvisa recomenda que os consumidores que estiverem utilizando o Prexige procurem seus médicos e substituam o produto. "Existem no mercado brasileiro alternativas, com perfil de eficácia e segurança mais bem definido, para todas as indicações do Prexige", informou a agência.

Conforme a Anvisa, estabelecimentos que continuarem oferecendo o Prexige 100 mg --ou o Prexige 400 mg, durante a suspensão de 90 dias-- estão sujeitos a multas de R$ 2.000 a R$ 1,5 milhão, entre outras sanções. Entre julho de 2005 a abril de 2008, houve 3.585 casos de reações adversas ao remédio, sendo 1.013 casos graves (28%).

Atualmente, seis países do mundo comercializam o Prexige: México, Colômbia, Equador, República Dominicana e Bahamas, além do Brasil.

FONTE : da Folha de S.Paulo / da Folha Online

quarta-feira, 23 de julho de 2008

AMB Divulga lista dos candidatos a Prefeito e Vice-prefeito com Processos judiciais

 

Como uma forma de protesto e torcendo por um País melhor, divulgo aqui no meu blog o link para o site da Associação dos Magistrados Brasileiros, onde podemos consultar por Estado, os atuais processos judiciais dos candidatos a Prefeito ou Vice-Prefeito.

 

Lista Aqui !!!

Após três anos, Anvisa cancela registro de Prexige

 

Plantão | Publicada em 23/07/2008 às 08h43m

SÃO PAULO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou ontem o cancelamento do registro do antiinflamatório Prexige 100mg e suspendeu por 90 dias a apresentação de 400mg do mesmo medicamento. A agência informou que medida foi provocada por incertezas sobre a segurança do medicamento que causaria problemas hepáticos.

O Brasil é um dos últimos países a tomar a decisão de tirar a droga do mercado. A determinação ocorre três anos depois de o remédio ter sido liberado para a venda no país pela própria Anvisa a despeito de quase 30 países que chegaram a comercializar a droga no mundo terem retirado o produto do mercado nos últimos anos.

A retirada do medicamento é um golpe nas vendas da farmacêutica suíça Novartis no Brasil. Em 2007, o Prexige faturou US$ 91 milhões em todo o mundo, dos quais cerca de US$ 50 milhões no país. A droga continua sendo comercializada apenas no México, Colômbia, Equador, República Dominicana e Bahamas.

O Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos EUA, rejeitou duas vezes o pedido de registro do Prexige por parte da Novartis e nunca permitiu o lançamento da droga. Depois de o Reino Unido ter aprovado por meio do procedimento de reconhecimento mútuo, a droga chegou a ser vendida em vários países da União Européia antes de ser recolhida.

A decisão da Anvisa foi precedida pela medida de suspensão da venda da droga determinada na sexta-feira pelo Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo. O órgão havia identificado um número alarmante de reações adversas, incluindo uma suspeita de morte pelo uso do medicamento, cuja relação ainda não foi comprovada.

A Anvisa justificou que vinha analisando o caso desde agosto quando a Austrália tirou o produto do mercado. Segundo a Anvisa, o número de reações adversas subiu intensamente nos últimos meses, levando o Brasil a responder por um terço dos casos notificados no mundo pelas agências regulatórias. Dos 3.585 casos notificados, 1.265 ocorreram no país.

O Prexige faz parte da mesma família do Vioxx, o antiinflamatório retirado em setembro de 2004 do mercado mundial pela americana Merck por conter risco cardíaco em casos de uso por mais de 18 meses. Das cinco drogas mais conhecidas da família dos inibidores da Cox-2, apenas duas delas continuam no mercado brasileiros: o Celebra, da Pfizer, e o Arcoxia, da Merck Sharp & Dohme.

Fonte: Valor Online (André Vieira | Valor Econômico)

sábado, 19 de julho de 2008

Antiinflamatório proibido em SP segue liberado no Brasil

Pareceres técnicos sobre o Prexige serão avaliados na próxima reunião de diretoria da Anvisa

SÃO PAULO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não tem planos de impor uma proibição nacional, no curto prazo, para o antiinflamatório Prexige, cuja venda e distribuição foi proibida em todo o Estado de São Paulo, por 90 dias, pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da secretaria estadual de Saúde.

O medicamento fabricado pela Novartis causou, segundo o CVS, 609 notificações de reações adversas, sendo 147 delas consideradas graves (como enfarte, arritmia, hepatite, hemorragias, pancreatite, edema de glote, insuficiência renal, broncoespasmos e choque anafilático). Do total, 608 notificações foram feitas pelo próprio laboratório.

A Anvisa relatou que monitora permanentemente as possíveis ocorrências graves provocadas pelo Prexige desde o cancelamento do medicamento pelo Therapeutic Goods Administration (TGA) da Austrália, em 2007, mas disse que ainda não tomou nenhuma decisão quanto à interrupção nacional da venda do antiinflamatório.

Foi informado também que pareceres da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) e da área de farmacovigilância da Agência, favoráveis à proibição, serão analisados na próxima reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa, prevista para terça-feira, 22.

Novartis

A empresa farmacêutica reafirmou em comunicado sua confiança na segurança do Prexige, quando usado conforme as indicações da bula.

A fabricante do Prexige também acredita que o número de notificações - 506 pacientes reportados à Vigilância Sanitária pela empresa segundo própria Novartis - está de acordo com a vasta prescrição do antiinflamatório; cerca 9,5 milhões de tratamentos.

Contracep

O anticoncepcional injetável Contracep, da EMS-Sigma Pharm, foi proibido nacionalmente pela Anvisa depois de uma interdição pela CVS do Estado de São Paulo, em novembro de 2007. Em fevereiro de 2008, o medicamento foi liberado pela Anvisa para comercialização no Brasil, mas a proibição foi mantida pelo órgão estadual paulista.

FONTE: estadao.com.br

quinta-feira, 17 de julho de 2008

EVENTO- Expo Farma 2008


A feira acontecerá de 20 a 22 de agosto no Rio de Janeiro e conta com a presença dos maiores players do mercado entre seus expositores

A Expo Pharma é o principal evento do varejo farmacêutico no País e este ano estará promovendo o Meeting Expo Pharma. Será um encontro entre empresários de visão e profissionais com experiência e estudiosos das novas práticas de gestão.

Entre os temas que serão abordados estão: Competência: o mapa rumo ao sucesso; Em busca do cliente fiel; Massificação X especialização; Consumidor: ou você conhece ou perece; Comprometimento e foco da equipe: como manter; Como fidelizar seus clientes e vender mais; Gerenciamento e liderança; Como vender benefícios baseado nas vantagens e características dos produtos; e Como controlar e diminuir rupturas de produtos no varejo.

Já o Fórum de Gestão do Mercado de Beleza - HPC está sob a coordenação do Sebrae-RJ e conta com a participação do Núcleo Cosmético do Rio de Janeiro, formado por 16 indústrias fluminenses.

O Sebrae organizará uma agenda entre o varejo e as indústrias do Núcleo. Além disso, acontecerão: a "Rodada de Negócios e Relacionamento", para agilizar o processo de negociação comercial; a "Consultoria para acesso ao crédito", com orientação para os candidatos ao crédito para capital de giro e aquisição de máquinas e equipamentos junto ao BB, CEF, BNDES, e outros; "Orientação empresarial", com apresentação de produtos e serviços do Sebrae-RJ para empreendedores e empresários; e palestras gerenciais, também gratuitas.

Os empresários atentos ao que acontece ao mercado já vislumbraram no setor de Higiene, Perfumaria e Cosméticos - HPC - e na prestação de serviços diferenciados, um caminho sem volta para resguardar a saúde financeira do varejo farmacêutico e ainda garantir um futuro de crescimento, indiferente às crises do setor.

Na edição de 2008 será realizado o Fórum de Gestão do Mercado de Beleza - HPC, envolvendo o Núcleo Cosmético do Rio de Janeiro e sob a batuta do Sebrae. O objetivo do Sebrae é organizar uma agenda entre compradores das redes e farmácias independentes presentes e as indústrias do núcleo.

Além disso, serão oferecidos serviços de terceirização aos interessados em gerenciar marca própria; atendimento aos empreendedores e empresários no seu estande e palestras gerenciais. Além dessas palestras gerenciais acontecerá a Rodada de Negócios e Relacionamento, cujo objetivo é reunir num mesmo local, empresários que demandam e ofertam produtos e serviços complementares. E também agilizar o processo de negociação comercial, através de reuniões pré-agendadas, curtas e objetivas, oferecendo às redes, farmácias e drogarias independentes, distribuidores e lojas especializadas a oportunidade de negociar produtos e serviços de HPC diretamente com as indústrias.

Já está confirmada a participação de empresas como ASPA, Flor e Mattos, Seiva de Mutamba e Juá, Zilda e Força da Terra e Selera Cosméticos, entre outras. O objetivo é envolver uma extensa gama de produtos para tratamento de pele e cabelo como xampus, condicionadores, cremes, géis, hidratantes, óleos, perfumes e sabonetes. As indústrias do grupo estarão em mesmo ambiente organizadas para receber em condições especiais visitantes da feira.

Os expositores se preparam para lançar suas propostas e organizar suas equipes para fazerem a diferença nas parcerias com as farmácias e drogarias. Estarão lá: 2 Alianças, Adver Mídia, Alcon, Alterdata, Ava Rio, Basicare, Belmax, Borlido Representações, CityFarma, Climaq, Da Fonte, Davene, Distrimax/Lilás, Drogarias Max e Padrão, ECF Norte, Emefarma Rio, Estal , Fing''rs, Fio Dente, Foxxx Informática, Frame Metalúrgica, Glicomed, Grupo Cimed, Hexa Med, Inal/Olla, Kert, Laboratório Waldemiro Pereira, Mabesa, Marajó, Mavicle-Promo, Millenium Comercial, Minancora, MMTA 5000, Mult Oral, Navario, NS Inaladores, Beauty Color, Pantanal, Play Vender, Profarma, Promoway Rio, Prosper, Protefeg, RCA Sistemas, Red Apple, Rede Atual, Rio Drog''s (Niely,Kimberly, Embelezze, Vita-A, Aroma do Campo,Niasi, Bic, Lusan, Kc Brasil, Dry Séc, Neo Química e Sandoz), Sanofi Aventis, Sebrae, Senac, Servimed, Teuto, Therny Cosméticos, Tiaraju, União Química e Rede Viva Mais, entre outros.

FONTE: Guia da Farmácia / Panews

terça-feira, 15 de julho de 2008

Mais benefícios para o consumidor final

Secretaria da Fazenda, distribuidoras e farmácias se uniram para reduzir os preços dos genéricos

O governo estadual reduziu o ICMS sobre os medicamentos genéricos vendidos nas mais de 5 mil farmácias do RS. A medida, anunciada pela governadora Yeda Crusius, conforme decreto que normatiza a nova tributação, a base de cálculo do ICMS para os genéricos baixou de 90% para 75%.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, Luiz Antônio Damado dos Santos, afirmou que as farmácias já estão se adequando à medida. "Em média, os preços dos genéricos deverão ficar 25% mais baratos para o consumidor", anunciou.

"Aumentamos o desconto de 10% para 25%. Com isso, adequamos a tributação de acordo com os preços efetivamente praticados pelas farmácias", disse o secretário adjunto da Fazenda, Ricardo Englert.

O recolhimento do ICMS dos medicamentos é feito por substituição tributária (imposto cobrado na indústria ou no atacadista). A redução de ICMS para os genéricos faz parte de uma série de medidas da Secretaria da Fazenda de revisão e adequação das margens de valor agregado relativas ao recolhimento do imposto no regime de substituição tributária.

FONTE: Correio do Povo / Panews

domingo, 13 de julho de 2008

Remédios, o novo alvo da Anvisa

Depois de banir completamente a publicidade de cigarros e tentar limitar ainda mais a propaganda de bebidas alcoólicas, a Anvisa, agência reguladora do setor de saúde, volta-se agora contra os medicamentos não controlados. Para desespero de companhias como Procter & Gamble, Unilever e Hypermarcas, líder do mercado nacional no setor, a agência quer impor uma série de limitações para anúncios de remédios que não exigem prescrição médica. Uma delas seria uma advertência para cada substância que compõe o medicamento, o que, na prática, inviabilizaria a propaganda de produtos com muitos componentes. Com a medida, a Anvisa pretende reduzir o número de casos de intoxicação por medicamento, que vem crescendo nos últimos anos. Já a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição considera a medida exagerada e propôs uma campanha para conscientizar o usuário a ler a bula antes de tomar remédios. A Anvisa decidirá nas próximas semanas o que será feito.

Fonte: Exame - 10/07/08

Após a supertele, o superlaboratório

O governo quer estimular a formação de uma grande empresa farmacêutica com capacidade de competir com as multinacionais. Há condições para isso?

Lailson Santos

Aché: uma “Gerdau farmacêutica” é possível?
Por Roberta Paduan

EXAME Um plano alimentado pelo governo federal há pelo menos três anos, de fazer germinar um superlaboratório farmacêutico com capital brasileiro, parece ter ultrapassado as portas dos gabinetes oficiais e encontrado ressonância no setor. “Meu sonho é ver uma ‘Gerdau’ da nossa indústria”, afirma José Ricardo Mendes da Silva, presidente do Aché, o maior laboratório nacional, referindo-se à siderúrgica gaúcha que se transformou numa das multinacionais mais proeminentes do país. No final de maio, um seminário sobre o setor de saúde promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ajudou a esquentar as conversas sobre possíveis fusões e aquisições nessa área. “Todo mundo está conversando com todo mundo, e nosso radar está ligado 24 horas por dia”, diz Silva. No início de junho, ressurgiu um boato de que a Medley, terceira maior farmacêutica de capital nacional, estaria sendo vendida — especulação já aventada em duas outras ocasiões, em 2006 e no início deste ano. O presidente da empresa, Jairo Yamamoto, nega. “É natural que num debate sobre a consolidação da indústria a Medley e outras grandes sejam envolvidas”, diz Yamamoto. “Mas, definitivamente, não estamos à venda e não há nenhuma negociação em curso.”

Boataria à parte, tudo indica que a possibilidade de vender, comprar ou fundir-se com um concorrente está na ordem do dia das farmacêuticas brasileiras. Do lado do governo, o interesse em promover casamentos é explícito. “Queremos fortalecer essa e qualquer outra indústria brasileira, e isso não tem a ver com nacionalismo, mas com realismo”, afirma Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “No jogo do comércio global, é preciso ter empresas grandes e competitivas.” No BNDES, o discurso é mais enfático. “Pretendemos funcionar como agente catalisador na formação de um grande laboratório brasileiro”, diz Pedro Palmeira, do departamento químico e farmacêutico do banco. “O objetivo é que, no futuro, essa empresa seja capaz de lançar novos medicamentos e colocá-los nas farmácias, inclusive da Europa e dos Estados Unidos.” A empresa sonhada teria de faturar pelo menos 3 bilhões de dólares, o triplo das receitas atuais do maior laboratório do país, e investir fortemente em pesquisa — o setor inteiro investe modestíssimos 285 milhões de dólares. No papel, a criação de uma empresa brasileira forte e competitiva no setor farmacêutico seria uma ótima notícia. Trata-se de uma área estratégica pelos benefícios que pode trazer à sociedade e ao desenvolvimento de uma cadeia de negócios dependente de pesquisa e inovação (veja reportagem na pág. 140).

Esse, para muitos, seria o mundo ideal. Mas não se pode deixar de lado o mundo das realidades, e nele responder a uma pergunta inescapável: diante das cifras bilionárias, tanto de faturamento quanto de investimentos em pesquisa que o setor de remédios envolve, há alguma chance de uma empresa brasileira despontar como competidora global? Alguns especialistas acreditam que sim — apesar do atraso histórico do país nesse setor. A crença está assentada em um pilar: as empresas brasileiras vêm crescendo nos últimos anos, e isso coincide com uma mudança tecnológica mundial que dá chance a novos empreendimentos. Segundo essa visão, as farmacêuticas locais estariam diante de uma espécie de janela de oportunidade — um conjunto de condições positivas que raramente se combinam. “Alguns laboratórios brasileiros conseguiram ganhar musculatura na última década e até superaram o faturamento das multinacionais que operam no país”, afirma Gabriel Tannus, presidente executivo da Interfarma, associação que representa as farmacêuticas estrangeiras. Esse robustecimento, obtido com o advento dos genéricos, torna as empresas nacionais mais aptas a competir.

O desenvolvimento da biotecnologia também conta a favor dos emergentes. “O Brasil perdeu o jogo dos medicamentos sintéticos, mas o jogo da biotecnologia ainda está no começo em todo o mundo”, afirma Silva, do Aché. A tecnologia de drogas sintéticas, que combina substâncias químicas, existe desde o século 19 e gerou quase todos os remédios que conhecemos hoje. A onda mais recente, que floresceu nos anos 80, cria remédios por meio da manipulação genética. Muda-se, portanto, da base química para a base biológica — o que abre espaço para novas empresas. Além desses fatores, conta positivamente um ambiente mais propício à pesquisa no país graças ao amadurecimento do conceito de proteção da propriedade intelectual a partir de 1996, com a Lei de Patentes — apesar de o próprio governo agir de maneira contraditória, como ocorreu no ano passado, quando um decreto presidencial suspendeu a licença de um remédio antiaids com patente ainda válida para que o Ministério da Saúde importasse um genérico da droga.

Fora do campo das oportunidades, é provável que as farmacêuticas brasileiras sejam obrigadas a mudar de patamar por pura necessidade. “A dinâmica mundial deixou apenas dois caminhos para as empresa do setor em todo o mundo: o da inovação e o da produção de genéricos”, afirma Ciro Mortella, presidente da Febrafarma, federação que representa laboratórios tanto de capital nacional como estrangeiros. “Hoje, só empresas globais conseguem fazer pesquisa e desenvolvimento e, no futuro próximo, também só as globais conseguirão fabricar genéricos.” Atualmente, gastam-se 900 milhões de dólares, em média, para criar um novo medicamento. Trinta anos atrás, esse custo ficava na casa dos 70 milhões. Não foi à toa que as multinacionais se fundiram e compraram umas às outras freneticamente a partir dos anos 90.

O desafio da escala

A criação de uma superfarmacêutica brasileira passa necessariamente por uma consolidação no setor. Compare o tamanho das maiores companhias estrangeiras com as nacionais (vendas em 2007)

As maiores do mundo (em dólares)

Pfizer
48 bilhões

GlaxoSmithKline
45 bilhões

Sanofi-Aventis
41 bilhões

Novartis
40 bilhões

AstraZeneca
29 bilhões

As maiores brasileiras (em dólares)

Aché + Biosintética
1 bilhão

EMS
590 milhões

Medley
424 milhões

Cristália
314 milhões

Biolab Sanus
263 milhões

Fontes: Febrafarma, Melhores e Maiores e empresas

Na seara dos genéricos, as empresas indianas e chinesas avançam rapidamente com ganhos de escala planetária. O recado, nesse caso, é que elas podem ocupar espaço no mercado brasileiro com preços baixos. Diante desse cenário, parece imperativo que a indústria farmacêutica nacional passe logo por um processo de consolidação. A comparação das maiores companhias globais com as grandes brasileiras mostra uma diferença abissal. Enquanto a Pfizer, líder mundial, teve receita de 48 bilhões de dólares em 2007, a Aché, maior brasileira, faturou pouco mais de 1 bilhão. Essa é uma das justificativas do BNDES para o plano de criação de um superlaboratório nacional. Os primeiros passos do governo nessa direção foram dados em 2004, quando o banco lançou um programa de financiamento ao setor, o Profarma. Isso ocorreu muito antes de surgirem as primeiras fumaças sobre a supertele, que culminaram com a compra da Brasil Telecom pela Oi, em abril deste ano — operação que o governo induziu claramente e que levou o BNDES a entrar com 2,6 bilhões de reais em crédito aos sócios da Oi. Por meio do Profarma, o banco já emprestou 1 bilhão de reais a projetos de modernização de laboratórios e a duas aquisições: a compra da Biosintética pelo Aché, em 2005, e a da Barrene pela Farmasa, em 2006. No final do ano passado, o programa foi renovado, agora com 3 bilhões de reais, metade para projetos de pesquisa e desenvolvimento e metade para operações de compra ou fusão de empresas nacionais.

Nem as oportunidades nem as ameaças, no entanto, serão capazes de mudar o perfil da indústria farmacêutica nacional se empresários brasileiros não se convencerem de que a transformação faz sentido. No rol de entraves para a criação de uma empresa global, a mentalidade do empresariado está em primeiro lugar. “Muitos empresários ainda preferem ter 100% de um negócio pequeno a 10% de um grande”, afirma Palmeira, do BNDES. Até hoje, nenhum laboratório nacional abriu o capital. Quem chegou mais perto foi o Farmasa, que no final de 2007 recebeu como sócio o GP Investimentos — há poucos dias, a Hypermarcas, empresa de produtos de consumo, adquiriu o Farmasa. Aché e Medley estão entre os pouquíssimos com gestão considerada profissionalizada, contando com presidentes que não têm o sobrenome das famílias fundadoras.

Os bilhões fazem a diferença

Um dos desafios que o superlaboratório brasileiro terá é o investimento em pesquisa. Compare a diferença de orçamentos anuais (em dólares)

Total dos investimentos do grupo suíço Roche
7 bilhões

Conjunto das farmacêuticas que atuam no Brasil
285 milhões

Fontes: Febrafarma e Roche

Ninguém tem a resposta se haverá ou não no futuro um laboratório brasileiro global nem se o governo conseguirá atingir seus objetivos. Quanto a esse ponto, aliás, há uma polêmica. “Não acredito que o BNDES deveria colocar dinheiro público numa indústria que demanda tanto capital e apresenta tantos riscos quanto a farmacêutica”, afirma o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do banco. “Existem áreas em que o país tem mais vantagens comparativas, que deveriam ser priorizadas.” Entre os defensores da idéia, o argumento é que o BNDES pode ser apenas uma das fontes de recursos — como também pode ser o mercado de capitais — a dar as condições mínimas para um novo salto do setor. “Não se trata de um caminho fácil, mas considero perfeitamente plausível que o Brasil tenha uma Pfizer ou uma Roche daqui a 20 ou 25 anos”, diz João Carlos Ferreira, diretor comercial da subsidiária da suíça Roche. “Quando eu lia a respeito da Embraer, na década de 70, achava um delírio o Brasil aspirar a ter uma indústria de aviões e, felizmente, eu estava errado.” De fato, a Embraer — hoje uma das quatro maiores fabricantes de aviões do mundo — nasceu da iniciativa estatal, em 1969, e, privatizada, tornou-se símbolo da tecnologia de ponta nacional. Na época, vigorava no país o conceito de substituição de importações, atualmente um retrocesso, diante das práticas que moldam a globalização. O governo nega que esteja promovendo uma volta ao passado. “Não se trata de xenofobia, mas de estímulo para que a indústria brasileira, seja qual for a origem de seu capital, continue gerando emprego e tecnologia”, diz Miguel Jorge.

FONTE: EXAME de 12.06.08

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Visa, Rendimento e Warner lançam cartão presente

Depois do forte crescimento dos cartões de crédito e de débito no país, a bandeira Visa resolveu apostar no cartão pré-pago, que pode se transformar tanto em cartão para dar de presente (ou "gift card") quanto para empresas distribuírem aos clientes.

São Paulo/SP - Depois do forte crescimento dos cartões de crédito e de débito no país, sempre acima dos 20% ao ano, a bandeira Visa resolveu apostar no cartão pré-pago, que pode se transformar tanto em cartão para dar de presente (ou "gift card") quanto para empresas fazerem promoções e distribuírem o plástico ao cliente. Amanhã, a Visa, o Banco Rendimento e a Warner Bros. anunciam o lançamento de um cartão presente temático. Todos os plásticos terão desenhos do filme "Batman, o Cavaleiro das Trevas".
O objetivo é vender 50 mil desses cartões, que serão colocados no mercado no dia 18, data oficial do lançamento do filme no Brasil. Os plásticos terão valores de R$ 30 a R$ 1.000 e podem ser usados em 1,2 milhão de estabelecimentos credenciados pela bandeira Visa no país. Na operação de compra de um produto, funciona como um cartão de débito. O dinheiro que a pessoa não usar naquela compra fica como saldo no cartão e pode ser utilizado depois.
Após o Batman, o objetivo é lançar outros cartões temáticos, por exemplo, para datas como o Dia das Crianças ou o Dia dos Pais.
Os cartões pré-pagos ainda não decolaram no Brasil. Muito comuns nos Estados Unidos e Europa, poucos bancos se interessaram pelo produto. Eduardo Chedid, vice-presidente de produtos da Visa do Brasil, diz que uma pesquisa da bandeira feita no país mostra que 67% das pessoas gostariam de ganhar um cartão desses como presente. A maior vantagem, segundo os entrevistados, é poder escolher o produto que quiser e comprar onde e quando desejar.
Nos Estados Unidos, as pessoas que compram cartões para presentear, adquirem, em média, 4,8 plásticos por ano. Pesquisa feita lá no final do ano passado mostra que 95% das pessoas ou já compraram ou já receberam um "gift card".
No Brasil, Banco Rendimento, Banco Real e Banco Schahin estão entre os poucos que resolveram apostar em cartões pré-pagos. O Rendimento já emitia o "Visa Travel Money", cartão pré-pago que é carregado em dólar ou euro para ser usado nas viagens ao exterior. Já foram emitidos mais de 200 mil desses cartões. Agora, resolveu apostar nos "gift cards".
Segundo Abramo Douek, diretor geral do Rendimento, quando o banco começou a oferecer o cartão de viagem, ninguém conhecia o produto. "Hoje, já é mais conhecido." A expectativa de Douek é que o mesmo aconteça com o cartão presente.
A idéia do Banco Rendimento é lançar em seguida produtos alusivos a determinadas datas, como o cartão presente para as festas de Natal. O do Batman será vendido pela internet ( www.maisquepresente.com.br ) a partir do dia 18, além de alguns pontos em shoppings centers. O cartão custa R$ 5 e não pode ser recarregado. O cliente entra no site, escolhe o desenho impresso no cartão e faz o pagamento via boleto ou transferência bancária. O cartão é enviado pelo correio para a pessoa que foi presenteada. Por correio eletrônico, o cliente recebe a senha para fazer a transação.
A Visa também quer incentivar o uso do cartão pré-pago para empresas fazerem promoções. A rede de cinemas Cinemark lançou no dia dos namorados um cartão que custa R$ 55 e dá direito a seis sessões de cinema. Dependendo do horário e do cinema, essas seis sessões poderiam custar R$ 120 se a pessoa fosse pagar em dinheiro.

Fonte: Valor Econômico/Altamiro Silva Júnior

Origem: Finanças

Data: 10/07/2008

domingo, 6 de julho de 2008

Farmacêuticos querem ajuda do MP para melhorar atendimentos

A diretoria do Conselho Regional de Farmácia da Paraíba esteve reunida nesta sexta-feira (4), na sede da Procuradoria Geral de Justiça do Estado, com a Procuradora-Geral Janete Ismael, em busca de parceria do Ministério Público para o aumento efetivo da fiscalização e regularização das farmácias na Paraíba, com o intuito de alertar oferecer um melhor serviço perante a sociedade.

Durante o encontro, a diretoria do CRF-PB solicitou também o apoio do MPE para a execução, no Estado, do artigo 15º, da Lei Federal de número 5.991, de 1973, em que fica obrigatória a assistência de técnico responsável inscrito no CRF-PB, na forma lei, durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento.

A meta do Conselho é de expor junto ao MPE dados que asseguram que a Paraíba tem totais condições de oferecer assistência integral farmacêutica a população e que as farmácias deixem de ser encaradas apenas como um estabelecimento comercial e sim como um local de promoção da saúde social.

De acordo com a procuradora Janete Ismael, a iniciativa do CRF em procurar o Ministério Público, é louvável, mediante as necessidades de seus interesses pela melhoria dos serviços oferecidos pela categoria e conseqüentemente pelo bem da população.

“O Conselho Regional de Farmácia está cumprindo o seu papel, defendendo seus associados, e sobretudo preocupado com a profissão, no tocante ao desempenho da atividade, como tal, firmado em seu juramento. Eles estão preocupados com que as farmácias funcionem para atender as necessidades dos doentes e não dos comerciantes”, enfatizou.

A presidente do Conselho Regional de Farmácia da Paraíba, Tereza Cristina, ressaltou que a Lei Federal 5.991/73, não é uma exigência do CRF-PB, e sim da sociedade civil organizada, que visa garantir o direito do cidadão à Atenção Farmacêutica.

No tocante a ação do Ministério Público, o CRF-PB acredita que, enquanto fiscal da lei, a instituição apoiará essa ação fiscalizadora, até mesmo porque, segundo a sua presidente “tudo visa a segurança da população, que será a mais beneficiada, pois, sempre que o estabelecimento estiver aberto, ela terá a certeza de que um competente profissional farmacêutico estará à sua disposição para lhe dispensar os medicamentos de forma correta”.

A assessoria jurídica do CRF-PB promete dar entrada já na próxima segunda-feira (7) com uma representação no Ministério Público Estadual, junto às promotorias da Saúde, do Consumidor e Cidadão para que o órgão, em parceria com o MPE, possa realizar uma fiscalização eficaz desses estabelecimentos e a proteção a sociedade.   

Dados

Só na Paraíba, 102 farmácias e drogarias funcionam irregularmente em todo o Estado, sendo 21 de forma ilegal, de um total de 1.354 estabelecimentos existentes, segundo informações  do Conselho Regional de Farmácia  (CRF/PB), que possui atualmente quase dois mil farmacêuticos inscritos.Do total de farmácias, funcionam na capital 231, sendo que 22 estão irregulares e uma ilegal.
No interior do Estado, está o maior número de farmácias irregulares, pois de um total de 921  estabelecimentos em pleno funcionamento 80 deles encontram-se nesta situação, além de outras 20 ilegais.

O funcionamento regular da farmácia é quando a mesma tem registro e funciona com farmacêutico responsável técnico, enquanto a irregular é porque tem registro no CRF, no entanto, funciona sem farmacêutico responsável técnico.

Assistência Integral

O Conselho Regional de Farmácia da Paraíba tem buscado o amparo legal do MPE para o aumento efetivo da regulamentação de farmácias e drogarias comerciais em todo o Estado. Esta atividade, conforme disse Tereza Cristina, está comprometida a fazer cumprir a legislação vigente, ato essencial para a garantia que a população tenha o direito e acesso ao serviço farmacêutico (assistência e orientação farmacêutica).

“Estaremos implantando a assistência integral nas farmácias, digo, fazer cumprir a Lei 5.991/73, que estabelece que o cidadão tem direito de ser atendido e receber todas as orientações sobre medicamentos por um farmacêutico durante todo o horário que a farmácia estiver aberta. Esta é uma meta a ser cumprida até o mês de junho”, frisou a presidente.

Principais dificuldades

O Conselho Regional de Farmácia tem identificado uma relação extensa de problemas existentes no que diz respeito ao funcionamento das farmácias e drogarias, sendo os principais a ausência do farmacêutico para que este possa prestar a orientação sobre o uso correto dos medicamentos ao paciente; venda indiscriminada de medicamentos por vendedores no balcão das farmácias sem prescrição médica; troca indevida de medicamentos prescritos pelo médico, por vendedores no balcão da farmácia e fracionamento errado de medicamentos, ocasionando em vários casos gravidade nas enfermidades (antibióticos, antiparasitários, antigripais, analgésicos, descongestionantes).
Outro grave problema é a venda de medicamentos em locais não permitidos por lei.

FONTE: Paraiba.com.br