Área para PESQUISA

Pesquisa personalizada

terça-feira, 18 de novembro de 2008

TV Farmais chega ao mercado

O evento de lançamento oficial da TV Farmais: emissora com programação exclusiva e produzida especialmente para seus clientes, em todas as 500 unidades espalhadas pelo país, acontece nessa terça feira, dia 18 de novembro, às 19h00 na Panarello SP – Rua Bernardo Sayão, 191 - Pari.

Além da diretoria da Rede Farmais, estarão presentes ao evento diversos representantes dos maiores Laboratórios Farmacêuticos e Indústrias de Cosméticos, para conhecer as possibilidades de patrocínio e veiculações de suas marcas e produtos na programação da TV Farmais e a diretoria da Interactive - empresa responsável pela implantação da tecnologia e instalação das TVs em todas as unidades Farmais.

Na grade da emissora, que já está em funcionamento em 20 pontos de venda de São Paulo, 10 do Rio de Janeiro e 20 entre Curitiba e Porto Alegre, em fase de instalação, poderão ser vistas dicas de saúde, aplicação de medicamentos com orientações da farmacêutica responsável da rede, divulgação de campanhas promocionais, lançamento de produtos e serviços, benefícios da rede Farmais, como o convênio empresarial, o cartão de crédito próprio e as entregas em domicílio, mensagens da rede em datas comemorativas, além de muitas outras informações. Haverá também informações de interesse geral, tais como economia, esportes, ecologia.

FONTE: Maxpress / Panews

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cofins/PIS/Pasep/IR Fonte/IPI - Novos prazo para pagamento

A Medida Provisória nº 447/2008 estabeleceu novos prazos para pagamento dos seguintes tributos e contribuições federais, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.11.2008:

a) Cofins e contribuição para o PIS-Pasep:

a.1) até o 20º dia do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito, e entidades de previdência privada abertas e fechadas; e

a.2) até o 25º dia do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas;

b) Imposto de Renda na Fonte (incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País): até o último dia útil do 2º decêndio do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores; e

c) IPI (demais produtos - exceto produtos classificados no código 2402.20.00 da Tipi): até o 25º dia do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

Fonte: Editorial IOB

E-pharma - maior concentradora do Programa Farmácia Popular

Empresa disponibiliza serviço para estabelecimentos privados interessados em participar do programa

A e-Pharma, empresa líder do mercado brasileiro de gestão de assistência farmacêutica, segmento denominado PBM (Pharmacy Benefit Management), é também a maior empresa concentradora de estabelecimentos farmacêuticos privados do Programa Farmácia Popular, detendo cerca de 30% deste mercado.

O Farmácia Popular é um programa do Governo Federal que visa ampliar o acesso da população mais carente aos medicamentos considerados essenciais, como os utilizados no combate a hipertensão e diabetes. O governo chega a subsidiar até 90% do custo desses medicamentos.

Para viabilizar o processo de autorização de venda de tais medicamentos, armazenamento das transações e disponibilização online das informações, o Ministério da Saúde e o Datasus desenvolveram um sistema para autorizar as operações de venda pelos estabelecimentos privados participantes.

Acreditando na viabilidade deste projeto, a e-Pharma adequou seu sistema autorizador aos moldes do Sistema Farmácia Popular, tornando-se assim, a primeira empresa capacitada como concentradora das conexões das farmácias privadas ao Datasus.
No dia 31 de outubro, a Caixa Econômica Federal lançou o Sistema de Farmácia Popular (Sifap), portal para credenciamento e cadastramento de estabelecimentos farmacêuticos interessados em participar do Programa Farmácia Popular do Brasil. Os objetivos são a redução no prazo do cadastramento e a expansão do número de estabelecimentos participantes para 30 mil.

Hoje, cerca de 5.000 farmácias privadas são credenciadas ao programa e deste total 1.680 já utilizam os serviços da e-Pharma. Desde o início do mês, foram reabertos os processos de credenciamentos para novas farmácias interessadas. A e-Pharma disponibilizou em seu site - www.e-pharma.com.br/farmaciapopular - um modelo de parceria para conexão ao Datasus, para que as farmácias interessadas em credenciar-se ao Farmácia Popular já estejam preparadas tecnicamente na hora em que forem realizar seu credenciamento.
De acordo com Luiz Carlos Silveira Monteiro, médico e presidente da e-Pharma, a vantagem para as farmácias está em se anteciparem tecnologicamente para o atendimento enquanto aguardam o seu cadastramento junto à Caixa Econômica Federal. Segundo ele, essa adequação tecnológica tem um baixo custo de investimento, comparada às vantagens competitivas que têm as farmácias participantes ao Programa.

"A comunicação e transmissão dos dados pelo sistema são realizadas em poucos segundos, garantindo um rápido atendimento ao beneficiário e segurança total na operação. Diminuindo assim o risco de erros no processo, fatos estes que foram mandatórios para o sucesso do programa governamental", conclui Monteiro.

Além da conectividade, a e-Pharma oferece seus serviços para auxiliá-lo no credenciamento de sua farmácia ao Programa Farmácia Popular e posteriormente um suporte completo para eventuais necessidades referentes ao programa. Com a conectividade, as contratantes já estarão credenciadas a atender outros programas gerenciados pela e-Pharma, como programas para indústrias farmacêuticas e os corporativos para atendimento de funcionários de diversas empresas.

FONTE: Maxpress\Panews

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Farmácias na mira do MP pela falta de cadastro e remédios

A falta de medicamentos de uso contínuo e psicotrópicos (remédios controlados) nas prateleiras das farmácias terá que ser explicada pelo Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso e pela Vigilância Sanitária Estadual. Eles serão acionados pelo Ministério Público. O promotor de Justiça Ezequiel Antônio Borges tomou a atitude depois da reportagem publicada em A Gazeta, no dia 1º de novembro, que denunciou a falta dos produtos. Ele afirmou que vai averiguar porque apenas 15% dos 1.200 estabelecimentos do Estado estão cadastrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a venda dos produtos.
Borges explica que desde março a Anvisa passou a exigir das empresas o cadastro no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) e o comércio teve 1 ano para adequar-se às novas normas que foram publicadas em 2007.

O promotor diz que a medida foi benéfica à saúde pública porque os medicamentos eram vendidos sem controle em muitas drogarias. Agora, as distribuidoras, farmácias e os médicos, que prescrevem as receitas, foram interligados via internet, o que possibilita o rastreamento do produto. O controle deixou de ser realizado por livros de registros, que dificultavam a fiscalização, e passou a ser "on line". O sistema reduz os riscos de fraude, venda ilegal e ajuda no combate de medicamentos falsificados.

O problema é que para ter acesso ao SNGPC os estabelecimentos precisam ter Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) que é expedida pela Anvisa. Como muitos estabelecimentos funcionam sem documentação regular, não são aceitos no cadastro e as distribuidoras são proibidas de vender aos comerciantes não habilitados.

Conforme o promotor, o MP também quer saber se existem problemas tributários e se os comerciantes estão recusando-se a vender os medicamentos como forma de pressionar o governo a prorrogar o prazo de adequação. Borges explica que cada empresário tem liberdade para comercializar o que quiser, desde que não esteja mantendo a postura para garantir interesses ilícitos. Ele também explica que o fato de não vender não é crime, mas existe o princípio de interesse social.

FONTE: A Gazeta – MT / Panews

As distinções entre remédios de marca, genéricos e similares foram regulamentadas por lei, em 1999. Entenda o que caracteriza cada um dos três tipos.

Medicamento de marca
É o remédio lançado por quem descobriu a fórmula para curar determinada doença ou sintoma. Para ser lançado no mercado, o Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Saúde (Anvisa), exige comprovação científica da eficácia, segurança e qualidade do produto. Os medicamentos levam o nome comercial, como aspirina e novalgina. A lei brasileira garante ao criador do remédio exclusividade por até 20 anos. Quando esse prazo acaba, outros laboratórios podem copiar o princípio ativo da droga para lançar outros produtos iguais ou semelhantes.

Medicamento genérico
O medicamento genérico pode, segundo o Ministério da Saúde, substituir, sem nenhum prejuízo ao paciente, o remédio de marca. Ele possui o mesmo princípio ativo, dose e forma farmacêutica. Sua eficácia é comprovada por testes de bioequivalência (eficácia clínica e segurança) e biossensibilidade, para ver se funciona no corpo humano como a droga original. Na caixa do remédio, abaixo do nome do princípio ativo, está escrito ''medicamento genérico''. Na parte inferior da embalagem, a letra ''G'' vem destacada.

Medicamento similar
Os similares também são cópias dos remédios de marca, mas não passam pelo teste de bioequivalência e podem agir de uma forma um pouco diferente no organismo. Por isso, não podem ser tomados no lugar de um remédio de marca que tenha sido receitado pelo médico. Esses medicamentos costumam ser os mais baratos do mercado. No Brasil, os fabricantes de similares possuem apenas um certificado de boas práticas da Anvisa.

FONTE: Correio Brasiliense / Panews

terça-feira, 11 de novembro de 2008

CEF lança sistema para ampliar o Farmácia Popular

Caixa lança sistema para ampliar o Programa Farmácia Popular do Brasil

A Caixa Econômica Federal lançou nesta semana o Sistema de Farmácia Popular (Sifap), portal para cadastramento e credenciamento de estabelecimentos farmacêuticos interessados em participar do programa Farmácia Popular do Brasil. A ferramenta ampliará e aprimorará o programa – permitindo um salto, das atuais 5 mil farmácias credenciadas para 30 mil em todo o país.

Para participar, o responsável pelo estabelecimento deve acessar a página do portal (www.caixa.gov.br/farmaciapopular) para realizar o pré-cadastro e informar seu endereço de e-mail. Depois disso, receberá uma mensagem com o link de formulário eletrônico a ser preenchido com informações sobre a farmácia e sobre o farmacêutico responsável. Após enviar o formulário, o interessado vai receber nova mensagem com a relação dos documentos que deverão ser apresentados na agência da CAIXA indicada.

O sistema foi desenvolvido dentro do Acordo de Cooperação Técnica firmado com o Ministério da Saúde, em agosto de 2007.

Programa


Sob gestão do Ministério da Saúde, o Farmácia Popular disponibiliza medicamentos para hipertensão, diabetes e anticonceptivos em farmácias e drogarias privadas do país com preços de referência por região, que podem custar até 90% menos que os praticados nestes estabelecimentos para todos os cidadãos brasileiros.

O programa foi criado para garantir a manutenção dos tratamentos médicos, reduzir o impacto no orçamento familiar causado pela compra de remédios e diminuir os gastos do Sistema Único de Saúde com as internações causadas pelo abandono dos tratamentos.

Fonte: Portal 45graus - Teresina,Piauí,Brasil

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Grandes redes de farmácias seguem em expansão

e janeiro a setembro de 2008, faturamento do setor atingiu quase 90% de toda a receita do ano passado.

As 24 maiores redes de farmácias do Brasil mantêm sua curva de evolução e registraram faturamento de 7,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano, segundo dados levantados pela Fundação Instituto de Administração/USP para a Abrafarma - Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias. O resultado já representa 90% da receita gerada em todo o ano passado.

O índice é 20,93% superior ao do mesmo período de 2007. "Todos os indicadores apresentaram crescimento homogêneo, o que reforça a preferência dos consumidores pelas grandes redes", analisa Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da entidade.

A venda de genéricos chegou a R$ 773 milhões, acréscimo de 13,16%. Os medicamentos representaram R$ 5,4 bilhões, o equivalente a 20,15% do faturamento. Já os não medicamentos obtiveram aumento significativo de 23,22%. De janeiro a setembro de 2008 foram realizados 272 milhões de atendimentos, com mais de 731 milhões de unidades comercializadas. As vendas em domicílio registraram índice de 14,42%.

O Programa Farmácia Popular figura com destaque na iniciativa privada. Por meio de convênio das redes com o Ministério da Saúde, mais de 5,1 milhões de atendimentos foram realizados, aumento de 108,25% em relação a todo o ano de 2007, e 11,5 milhões de medicamentos dispensados no período.

FONTE: Portal Fator Brasil / Panews

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sem aval da Anvisa, farmácias vendem ácido em pó para tirar mau cheiro


Sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o ácido bórico em pó está sendo vendido irregularmente em farmácias e usado em receitas caseiras para combater a bromidrose, suor com mau cheiro que ocorre nas axilas e nos pés --conhecida por cê-cê e chulé.
O produto tem ação fungicida e bactericida, mas a Anvisa só permite sua venda na forma líquida (água boricada), na concentração de 3%. O ácido bórico em pó só pode ser comercializado como inseticida e formicida, em embalagens porta-iscas (que não permitem o contato com o produto).
A despeito disso, diversos fóruns de discussão na internet e em sites de relacionamento, como o Orkut, divulgam que banhar-se com o pó de ácido bórico, diluído em água, pode curar a bromidrose. Tanto a Anvisa quanto dermatologistas alertam que a prática pode provocar irritações e feridas na pele.
"Não há estudos nem da eficácia nem da segurança. O uso [do pó de ácido bórico] é empírico, caseiro e, portanto, não é recomendado, porque pode ferir a pele", afirma a dermatologista Flávia Addor, da diretoria da SBD (Sociedade de Brasileira de Dermatologia).
Desde 2001, o uso do ácido bórico é vetado em produtos para crianças, como cremes, pomadas e talcos. Isso ocorreu porque foram constatadas algumas reações adversas decorrentes do uso, como intoxicações no organismo, hipotermia (diminuição da temperatura do corpo abaixo de 30C) e erupções cutâneas.

Água boricada

Segundo Ana Paula Gomes Meski, dermatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, a água boricada costuma ser um boa aliada no combate à bromidrose porque "seca" os locais úmidos do corpo, que propiciam a proliferação de fungos e bactérias --a razão do mau cheiro. "Na virilha, por exemplo, passar a água boricada com algodão pode funcionar muito bem. Mas não há nenhuma indicação para o uso do pó. Pode ser perigoso."
Para evitar a bromidrose, a dermatologista aconselha as pessoas a evitarem desodorantes que deixem resíduos na pele, como os roll-on ou em creme. "Com a transpiração, esses resíduos viram meio de cultura [de microorganismos]." Desodorantes com fórmulas manipuladas a pedido do médico também trazem bons resultados, segundo a especialista.
A bromidrose pode ter várias causas. O ambiente quente e úmido dentro dos sapatos, por exemplo, facilita e promove o crescimento bacteriano e fúngico na pele e unhas dos pés. O mau cheiro resulta da multiplicação desses organismos.
"A pessoa deve trocar de meia todo dia e, às vezes, até duas vezes por dia. O sapato também deve ser deixado em um local ventilado", orienta Meski. Quanto ao mau cheiro das axilas, uma dica da médica é que as pessoas lavem, à mão, blusas, camisas e camisetas. "Só lavar na máquina não resolve. Tem que esfregar com água e sabão. Senão, ao usar a roupa, o cheiro volta novamente."
Para a dermatologista Flávia Addor, é preciso conhecer a causa da bromidrose para tratá-la corretamente. "Nem sempre o mesmo tratamento se aplica a todos os casos. Há mau cheiro causado por disfunção hormonal e uso de medicamentos, por exemplo."
Segundo Addor, ainda há muito preconceito envolvendo o tema, o que afasta as pessoas dos consultórios médicos. "O paciente só procura o médico quando o mau cheiro incomoda muito o seu dia-a-dia. Do contrário, tenta resolver com receitas caseiras."
A estudante M.C.D., 19, de São Paulo, se encaixa nesse perfil. Ela conta que tem bromidrose nas axilas, já consultou três dermatologistas e até hoje não conseguiu uma medicação que resolva o problema. Sua próxima tentativa, relata, será o banho com o pó de ácido bórico, mesmo sabendo, pela Folha, que o produto é proibido pela Anvisa para esses fins e que traz riscos à saúde.
"O odor fétido é terrível. Tranquei a faculdade, tenho vergonha de sair com meus amigos por conta do mau cheiro. Tem sempre um engraçadinho que faz uma piadinha com relação a minha higiene pessoal. Já usei desodorantes manipulados, limão e até botox. Nada funcionou. Vou tentar a dica do ácido bórico que vi no fórum [de discussão, na internet]. Faço qualquer coisa para me livrar desse odor."

FONTE: Folha de S. Paulo / Panews

REVISTA VEJA TRAZ MATÉRIA NESTA SEMANA SOBRE EFEITOS COLATERIAS DE REMÉDIOS (02-11-08)

 

2/11/2008 - 11h20
Remédios: sustos difíceis de engolir
A quantidade de medicamentos retirados do mercado por causa de efeitos colaterais graves alarma os consumidores e lança a pergunta: até que ponto se pode confiar nos laboratórios?

É um sustVEJAo atrás do outro para quem toma remédios - ou seja, quase todo mundo. Do dia para a noite, o comprimido que o médico lhe receitou, e que funcionava às mil maravilhas, é banido das farmácias porque se descobriu que pode causar danos à saúde não previstos na bula (ou, pelo menos, não previstos com a ênfase necessária). O que fazer? Não, não adianta interpelar o médico: ele também não sabia. O único jeito é passar a usar outro remédio - em geral, mais antigo e menos eficiente - e esconjurar mentalmente o medo de engrossar a estatística das vítimas dos efeitos colaterais graves e até irreversíveis da medicação. E eles não são poucos. Vão de distúrbios cardiovasculares e cirrose hepática letal a depressão e suicídio. O primeiro grande susto veio com a saída do mercado do Vioxx, em 2004, quando um estudo o associou a um aumento nos riscos de infarto e derrame. O antiinflamatório era consumido por mais de 85 milhões de pessoas em mais de oitenta países. Nos últimos meses, saíram de cena mais dois antiinflamatórios: o Prexige e o Arcoxia (de 120 miligramas) foram associados a crises hepáticas. O tão aguardado comprimido antibarriga Acomplia também foi recentemente retirado das farmácias, apenas dois anos após o seu lançamento, por aumentar o risco de depressão entre seus usuários. Diante disso, até onde se pode confiar nos medicamentos que continuam em circulação?
Sim, há algo de nebuloso no universo dos remédios. Os problemas têm origem na criação e no aperfeiçoamento de uma nova molécula, estende-se ao marketing agressivo e nem sempre honesto dos laboratórios farmacêuticos e culmina no mau uso do medicamento tanto por parte de muitos pacientes quanto por parte de médicos. Se existe uma boa notícia em terreno tão minado, é a de que, se remédios estão saindo do mercado, é porque a vigilância feita por instituições científicas independentes tornou-se mais eficiente. "Não há dúvida de que o monitoramento se intensificou bastante nos últimos dez anos", diz o médico João Massud Filho, especialista em pesquisa de novos medicamentos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O PREÇO DA SAÚDE
Os laboratórios americanos investem mais de 50 bilhões de dólares por ano em pesquisas. Até chegar às farmácias, um único remédio terá custado 1 bilhão de dólares

A produção de um remédio é um processo longo e caro. Só a indústria americana investe mais de 50 bilhões de dólares por ano em desenvolvimento de medicamentos. Ao chegar às farmácias, um remédio terá custado algo em torno de 1 bilhão de dólares e consumido em média dez anos de investimento. Isso significa que o fabricante tem apenas outros dez anos para vendê-lo com exclusividade, até que vença a patente (ela começa a contar a partir do registro da molécula que dá origem ao medicamento). Depois, o caminho está aberto para a produção de genéricos e os lucros proporcionados pelo remédio caem drasticamente. É, portanto, natural que os fabricantes tenham pressa em lançar um medicamento. O problema é quando a correria implica a piora dos padrões de controle. Nos últimos anos, as companhias farmacêuticas passaram a pressionar a FDA, a agência americana de controle de medicamentos, para aprovar rapidamente seus produtos - e, a partir dos Estados Unidos, ganhar o mundo. Algumas apelam para o fast track, mecanismo pelo qual um remédio considerado vital pode receber aprovação em menos de seis meses, para colocar à venda fármacos que não parecem assim tão essenciais. "A verdade dolorosa é que muitos medicamentos estão chegando ao mercado depois de testes clínicos inadequados", disse a VEJA a médica americana Marcia Angell, ex-editora da revista científica The New England Journal of Medicine. Um dos melhores exemplos dos perigos envolvidos na aprovação a toque de caixa de um remédio é o que ocorreu com o Rezulin, indicado para o tratamento do diabetes tipo 2. Ele recebeu a chancela da FDA em 1997, apesar das objeções de vários consultores da agência, que apontaram o seu perigo para o fígado. Lançado em meio a uma campanha publicitária agressiva, o Rezulin foi consumido por 700 000 americanos. Depois de três anos, noventa casos de cirrose, dez transplantes de fígado e 63 mortes, essa bomba finalmente foi proibida.
Os laboratórios gastam outro bilhão de dólares em propaganda nos dois primeiros anos de existência de um remédio - o que comporta, não raro, marketing abusivo. Um dos casos mais famosos de descontrole promocional foi o do Neurontin, um remédio para epilepsia criado pela empresa Warner-Lambert, depois adquirida pela Pfizer. De acordo com a americana Melody Petersen, autora do livro Our Daily Meds (algo como Os Remédios Nossos de Cada Dia), médicos foram agraciados com jantares e presentes, quando não dinheiro, para "vender" o remédio a pacientes e a outros médicos como uma droga milagrosa. Em 2004, a Warner-Lambert foi obrigada a pagar 430 milhões de dólares por ter violado as normas acordadas com a FDA e propagandeado o Neurontin como panacéia para distúrbios para os quais não havia sido aprovado, entre eles enxaqueca e dor nas costas. Apesar de os laboratórios serem proibidos de promover e vender seus remédios para fins diferentes dos que justificaram sua aprovação, um estudo publicado na revista científica on-line PLoS mostra que a indústria tem o hábito de incentivar o uso de seus medicamentos em casos não previstos na bula. Aos médicos é permitido adotar esse tipo de prática quando não há, por exemplo, alternativas terapêuticas aprovadas para a doença. Calcula-se que 60% dos oncologistas utilizem remédios para fins não aprovados. "Nessa situação, porém, a responsabilidade por qualquer evento adverso é apenas do profissional", diz Dirceu Barbano, diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Autora do livro A Verdade sobre os Laboratórios Farmacêuticos, Marcia Angell acusa a FDA de viver um momento crítico, pelo fato de ter sido estabelecida uma relação de dependência entre a agência e a indústria que ela deveria controlar. A médica diz que, além de terem parte de seu trabalho científico bancada pelas companhias farmacêuticas, vários conselheiros da FDA estão na lista de pagamento dos laboratórios, na qualidade de consultores. Em um artigo publicado em 2005, a revista científica Nature demonstrou que mais da metade das diretrizes elaboradas pela FDA sobre o uso de um medicamento era assinada por um pesquisador ligado à empresa responsável pelo fármaco em análise. Como a FDA ainda é considerada a agência mais rigorosa do mundo, resta a pergunta: até que ponto se pode confiar nos testes clínicos para determinar a eficácia e a segurança de um remédio? Nove de cada dez dessas pesquisas são financiadas pela indústria. Num cenário ideal, os estudos deveriam ser pagos com dinheiro proveniente de entidades públicas. Esses testes, contudo, exigem investimentos tão pesados que só são viáveis à iniciativa privada. "Os problemas existem, mas não se pode demonizar a indústria", diz João Massud Filho, da Unifesp. "Obviamente, há a pesquisa malfeita, mas é impossível prever tudo o que vai acontecer com um medicamento depois que ele chega ao mercado."
Nos últimos quarenta anos, a FDA e a Emea, a agência européia de controle de medicamentos, já retiraram 130 remédios do mercado. "É absolutamente normal que alguns problemas surjam somente após o lançamento", diz Gustavo Kesselring, diretor de pesquisa clínica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Embora os estudos clínicos com um medicamento tentem rastrear a totalidade dos seus efeitos adversos, estima-se que 5% deles surjam posteriormente à comercialização. É, antes de mais nada, uma questão de escala. Durante a fase de testes, 10.000 voluntários experimentam a medicação. Depois de sua entrada no mercado, o número de usuários passa a ser de milhões. Nesse grau de exposição, é esperado que outros efeitos se manifestem. O segundo aspecto, não menos importante, é que as pessoas que se prestam ao papel de cobaias têm perfil bem delineado. "Os voluntários são cuidadosamente selecionados, a fim de que se obtenha o máximo de segurança e, em conseqüência, aumentem as chances de aprovação do medicamento pela agência reguladora", diz o cardiologista Raul Dias dos Santos, do Instituto do Coração, em São Paulo. Quando o remédio é lançado, o cenário é completamente diferente. O medicamento passa a ser consumido por pessoas com diferentes hábitos de vida, com outras doenças associadas e que fazem uso das mais diversas medicações. Aliás, as interações medicamentosas têm revelado aos médicos uma série de reações adversas inimagináveis. Muitos dos novos remédios se tornam ineficazes ou perigosos quando combinados com outros.

TOMA LÁ, DÁ CÁ
A médica americana Marcia Angell denunciou a relação incestuosa entre a FDA e a indústria

Foi a partir da década de 60 que as agências reguladoras de saúde começaram realmente a se preocupar com os efeitos de um medicamento depois de seu lançamento. Até então, na maioria das vezes, já era considerado suficiente o fato de o remédio ter sido aprovado em testes clínicos. Há quarenta anos, no entanto, o escândalo decorrente da utilização da talidomida fez soar o alarme. Aprovado para o controle de náuseas, o medicamento foi consumido por milhares de gestantes ao redor do mundo - e gerou 10 000 crianças com atrofiamento ósseo de braços e pernas. Antes de ser lançada, a talidomida só havia sido testada em ratos de laboratório. A tragédia levou as agências a impor métodos de controle mais rigorosos, inclusive depois da chegada do remédio ao mercado.
Por fim, o comportamento do paciente é decisivo para a segurança e eficácia de um medicamento. O último levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas constatou que os remédios são a principal causa de intoxicação entre os brasileiros - e os benzodiazepínicos, antigripais, antidepressivos e antiinflamatórios são os que lideram a lista. Uma das principais causas é a velha e má automedicação. "O mau uso de um remédio pode matar um remédio bom", diz o toxicologista Sergio Graff, da Unifesp. Muitos dos efeitos perniciosos do Acomplia e do Prexige se devem a esse hábito arraigado entre nós de ingerir comprimidos como se fossem jujubas. O primeiro, indicado para casos de obesidade, passou a ser consumido por quem queria enxugar não mais do que 2 quilinhos. O Prexige, assim como outros antiinflamatórios da mesma classe dos inibidores da COX-2, tem indicação para o tratamento de dores agudas. Mas era usado cronicamente para aliviar dores corriqueiras.
Diante dos distúrbios causados pelo Acomplia, a agência européia recomendou que ele fosse retirado das farmácias. Produzido pelo laboratório francês Sanofi-Aventis, o remédio estreou há dois anos com a indicação inédita de agir sobre a gordura visceral - o tecido adiposo que se concentra na região abdominal e predispõe as pessoas a doenças cardiovasculares. Quando passou a ser utilizado em larga escala, o número de casos de depressão surpreendeu as autoridades sanitárias da União Européia. Foram registrados, em seus países, 36 000 episódios de sintomas depressivos - o equivalente a 5% de todos os pacientes do mundo que usaram o medicamento. O fabricante agora avalia a possibilidade de relançar o medicamento com a indicação apenas para pacientes diabéticos e cardíacos. Os benefícios proporcionados pela perda de gordura visceral justificariam os riscos impostos pelo remédio. Isso, no entanto, não garante que o Acomplia não volte a ser ingerido por pessoas saudáveis, que querem apenas se livrar dos pneuzinhos. Assim que saiu a notícia de que o comprimido antibarriga também seria banido das farmácias brasileiras, muita gente correu para o consultório do endocrinologista em busca da última receita do remédio. Infelizmente, não se vende juízo em comprimidos.
Nova estratégia de ataque
Pesquisadores italianos descobrem uma forma inédita de combate ao HIV

INIMIGO RESISTENTE

O vírus da AIDS é altamente mutável, o que dificulta muito o tratamento da doença
Na semana passada, pesquisadores italianos anunciaram uma nova frente de ataque ao HIV, o vírus da AIDS. Biólogos dos laboratórios de química farmacêutica da Universidade de Siena e de virologia molecular de Pavia conseguiram desenvolver uma molécula que atua nas células de defesa do organismo humano, os linfócitos CD4 - e não no vírus, como fazem os medicamentos disponíveis atualmente. Ainda sem nome, a nova substância bloqueia a proteína DDX3, produzida apenas pelos linfócitos infectados. Ao se instalar numa célula CD4, o HIV altera o código genético desse linfócito, estimulando-o a fabricar DDX3. Esse é um dos mecanismos usados pelo vírus para garantir sua replicação - e, conseqüentemente, sua sobrevivência. Os estudos com a molécula anti-DDX3 ainda estão em fases muito iniciais. Ela não foi sequer testada em animais, mas, mesmo assim, animou os médicos especializados no tratamento dos portadores do HIV. "Ainda que esteja em estágios embrionários de pesquisa, a descoberta dos cientistas italianos é a mais promissora dos últimos cinco anos na área de desenvolvimento de remédios contra a AIDS", diz Artur Timerman, infectologista do Hospital Albert Einstein e chefe do serviço de controle de infecções do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos. O trabalho sobre a nova molécula foi publicado na revista científica Journal of Medicinal Chemistry, da Sociedade Americana de Química.
A última grande novidade no tratamento da AIDS foi um medicamento desenvolvido em 2003. Aprovado pela FDA e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária há um ano, o maraviroc age no vírus antes da contaminação dos linfócitos CD4. Ele impede que o HIV se ligue à proteína CCR5, responsável por facilitar a entrada do vírus nas células de defesa do organismo. Além dele, há outros trinta ANTI-RETROVIRAIS disponíveis hoje em dia. Todos têm também o HIV como alvo e a maioria entra em ação depois da infecção dos linfócitos. O problema é que esse vírus se caracteriza pela alta capacidade de mutação, o que dificulta o seu combate. Nesse sentido, a estratégia italiana de ataque ao HIV parece bastante promissora. Como a nova molécula investe contra uma proteína produzida por células humanas (e não contra o vírus), a probabilidade de o HIV transmutar-se em inimigo mais resistente é bem menor.

Coração artificial com tecido biológico
Prótese cardíaca criada por cirurgião francês pode pôr fim ao problema de rejeição nos casos de implante

O CRIADOR E SUA INVENÇÃO
O cirurgião Alain Carpentier trabalhou durante quinze anos para chegar ao protótipo de uma peça que ofereça menos risco
Há pelo menos uma dezena de corações artificiais disponíveis hoje no mercado. Os mais avançados são capazes de assumir as principais funções de um coração de verdade. Nenhum deles, no entanto, está livre de ser rejeitado pelo organismo. Um passo para a solução desse problema foi dado pelo cirurgião cardíaco francês Alain Carpentier, do Hospital Georges Pompidou, em Paris. Ele construiu um coração artificial revestido por um tecido biológico anti-rejeição. O invólucro é feito a partir da membrana cardíaca de animais, em especial porcos. O coração artificial francês foi testado em carneiros, e os estudos em seres humanos devem começar em dois anos. O material metálico e plástico das próteses disponíveis no mercado fica em contato direto com o organismo. Para evitar a rejeição, o paciente tem de tomar antiinflamatórios e anticoagulantes diariamente. Do ponto de vista tecnológico, a prótese francesa não apresenta diferenças significativas em relação às concorrentes. Mas o invólucro criado por Carpentier é um detalhe que faz toda a diferença. "Não há dúvida de que, se tudo der certo com a invenção, poderemos garantir não só uma maior sobrevida, como uma melhor qualidade de vida aos pacientes que receberem o implante", diz Jarbas Dinkhuysen, cirurgião cardíaco do Hospital do Coração e responsável pelo sistema de captação de órgãos do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.

Fonte: Revista Veja P/
Anna Paula Buchalla e Adriana Dias Lopes

domingo, 2 de novembro de 2008

Neo Química relança Doralgina

Mercado de analgésicos para adultos movimentou R$ 910 milhões nos últimos 12 meses*

O Laboratório Neo Química – entre os três maiores em unidades vendidas do Brasil – acaba de relançar a Doralgina, agora em nova embalagem. Similar do Neolsaldina (Nycomed), o medicamento tem ação analgésica e antiespasmódica.

Além de oferecer a Doralgina em caixas com 20 comprimidos, o Neo Química também disponibiliza ao mercado os displays com 25 blisters de quatro comprimidos, que são vendidos separadamente nas farmácias de todo o Brasil. “Isso representa mais rentabilidade para o ponto de venda e liberdade para o consumidor, que pode comprar uma quantidade menor do medicamento”, ressaltou o diretor da Linha Farma/MIP, Atílio Marchiori. O medicamento também é vendido na forma líquida (em gotas), em frascos de 15 ml.

Atílio ressalta que, nos últimos 12 meses, contados a partir de agosto, o segmento de remédios livres de prescrição médica, ou OTCs (Over The Couter, na sigla em inglês) movimentou cerca de R$ 7,2 bilhões*, o equivalente a 28,5% do mercado farmacêutico. “Desse total, os analgésicos para adultos corresponde a 12,6%, ou R$ 910 milhões, conforme dados do IMS Health. No ano de 2007 o crescimento de 16,5%”, diz.

Em genéricos, os analgésicos já respondem por cerca de 8% do mercado, ou US$ 157 milhões em 2007, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos). .Fonte: IMS Health / MAT AGO/08.

Perfil da Neo Química - Há quase 50 anos no mercado, o Neo Química está hoje entre os três maiores laboratórios farmacêuticos em vendas unitárias no país. Mensalmente, são produzidos mais de 300 milhões de comprimidos por meio dos mais modernos recursos tecnológicos e científicos a preços acessíveis para a população. Com mais de 2000 funcionários, o Neo Química está dividido em seis unidades de negócios: Farma, MIP, Hospitalar, Medicamento Genérico, Exportação e Neolatina (propaganda médica) com sede no pólo industrial de Anápolis, Goiás. Está presente em todo país com centros de distribuição no CE, MG e SP e mais de 100 distribuidores parceiros. Desde 2003 exporta para vários países da América Latina e África, até 2010 ampliará a operação para a Ásia e Europa. A empresa possui certificados de Boas Práticas de Fabricação, emitidos pela Agência de Vigilância Sanitária – ANVISA, para todas as suas linhas de produção, os quais são também reconhecidos pela agência reguladora Argentina ANMAT. [ SAC: 0800 97 99 900] .

FONTE: Revista Fator

sábado, 1 de novembro de 2008

Quadruplica o número de farmácias que utilizam a ferramenta de gestão PGV

 

Criado a partir de um conceito acadêmico e adaptado pela Pharma link, empresa de soluções para o mercado farmacêutico, sob o auxílio da Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias), o PGV - Painel Gestão de Varejo - é uma importante ferramenta para auxiliar proprietários, administradores e profissionais financeiros a gerenciarem de maneira mais eficaz a farmácia ou drogaria. O Painel possibilita a todos adquirir conhecimentos, rever conceitos e assumir nova postura gerencial perante os negócios.

Segundo o gerente do produto na Febrafar, André Roberto Oliveira Costa, o PGV fornece informações sobre as vendas e despesas efetuadas mês a mês, aponta indicadores de eficiência do sistema operacional e financeiro da loja e, inclusive, permite um controle do estoque da farmácia com um nível de detalhamento que permite ao farmacista ter uma visão mais estratégica do estabelecimento. “Por meio do PGV, os profissionais conseguem ‘enxergar’ se suas vendas, custos e despesas (lucro líquido) estão fora da média de seu grupo na Rede, identificam a curva ABC do estoque financeiro e a relação de produtos que não obtiveram giro no mês – análise esta essencial para que sejam promovidas ações corretivas e para que haja uma correta tomada de decisão”, comenta José Crecentino Bussaglia, um dos consultores do PGV.

O treinamento - O treinamento do PGV é realizado mensalmente durante o período de 8 meses, sendo que os dois - ou, em alguns casos, os três - primeiros encontros são denominados “Pré-PGV” - fase inicial necessária para a exposição de toda a estrutura das aulas, orientação (passo-a-passo) quanto ao preenchimento correto das informações financeiras e gerenciais diretamente no sistema da Pharma Link e, principalmente, para o esclarecimento de dúvidas. Após o período Pré-PGV, mensalmente os consultores analisam os dados informados (toda a composição de receitas e despesas da loja) pelos participantes e levantam indicadores da performance individual da loja e também do grupo como um todo. Esta análise é fundamental para que o lojista acompanhe o lucro líquido mensal da loja, identifique o ponto-de-equilíbrio e, a partir disto, desenvolva ações para melhorar os processos operacionais, gerenciais e até comerciais do estabelecimento.

O consultor Rogério Lopes Junior acrescenta que a dinâmica dos treinamentos não se limita apenas ao conteúdo programático. “Também abordamos muitas questões mercadológicas, sanitárias, tributárias e voltadas à atenção farmacêutica durante as reuniões mensais”, ressalta.

A análise de relatórios - O consultor é o profissional que conduz os encontros mensais e é o principal responsável pela análise dos relatórios junto aos participantes do treinamento. No entanto, vale esclarecer como é realizado o procedimento de análise dos dados. Até o dia 10 de cada mês, o proprietário ou colaborador da loja inclui os dados no sistema da Pharma Link, via Internet. A Pharma Link, por sua vez, tem - em média - 5 dias para processar as informações de todos os integrantes do grupo e gerar relatórios para posterior análise. Após este período, o Gerente do PGV na Febrafar analisa os dados consolidados de todo o grupo com o intuito de verificar o grau de consistência das informações, que serão levadas ao conhecimento do consultor.

De posse de todos os dados, o consultor os apresenta aos integrantes do grupo para o qual ministra o treinamento, com os quais avalia - mês a mês - a performance do grupo, possibilitando com que os participantes troquem experiências com o intuito de melhorarem cada vez mais o desempenho de suas lojas. Durante as reuniões mensais, os participantes recebem relatórios gerenciais contendo a composição de despesas e custos e informando o resultado líquido da loja; vendas por m², com o índice de eficiência da operacionalização da loja, ticket médio, faturamento por colaborador; curva ABC (composição de estoque), com a relação dos produtos mais vendidos e sua representatividade no faturamento mensal da loja e, inclusive, os itens que não tiveram giro no mês. Oliveira Costa diz que, além de aculturamento, o PGV proporciona maior senso de disciplina aos empresários, ajudando-lhes a empreender de maneira mais eficaz. “O PGV é um verdadeiro retrato (raio X) da performance da loja”, define.

Redes participantes - O Painel Gestão de Varejo teve início em Agosto do ano passado, em caráter piloto, junto a algumas lojas da Drogaria Total, associada ribeirão-pretana da Febrafar. Dois meses depois, com a adesão da Rede Hiperfarma, o treinamento já contava com a adesão de 106 farmácias. De lá para cá, 454 lojas já vêm investindo no PGV. Entre as redes participantes, estão a Biodrogas, Drogamais, Droga Rede, Farmáxima, Multidrogas, Farmes, Tchê Farmácias, Farmafort, Nossa Rede, Netfarma, Cooperfarma, Drogaria Total e Hiperfarma - sendo que estas quatro últimas deram continuidade às análises mesmo após terminarem o treinamento. Como exemplo, podemos citar a Drogaria Total, de Ribeirão Preto (interior paulista).

De acordo com o administrador da rede, Jair Beloube, logo ao implantarem o PGV os próprios associados decidiram torná-lo obrigatório para todas as farmácias. “Já concluímos os 8 meses, mas decidimos continuar o treinamento com direcionamento para a análise dos pontos mais críticos e que necessitam ser melhorados com a máxima urgência”.

Para o consultor José Crecentino Bussaglia, “o participante que obtém 100% de aproveitamento dos encontros realizados, tanto em assiduidade como em assimilação de conceitos, certamente conseguirá gerenciar o fluxo de caixa e o estoque da loja de forma profissional”. E, neste quesito, Bussaglia também destaca a importância do auxílio de um profissional da própria rede em reunir todos os participantes durante as reuniões mensais, orientá-los (no período pós-encontro) quanto ao acesso ao sistema da Pharma Link, preenchimento correto das planilhas, fornecimento de dados consistentes, além de efetuar a checagem dos relatórios de efetividade dos dados enviados - ações estas que o gestor da Rede Farmafort (Sorocaba/SP), Francisco Rodolfo Contó – “o Alemão” -, promove com maestria. “Desde o pré-PGV, além de controlar a assiduidade dos empresários e colaboradores durante o treinamento, eu ia até as lojas para ajudá-los a enviar - de forma correta - todos os dados solicitados pelo sistema da Pharma Link. E também monitorava, através da nossa Intranet, o envio de relatórios por cada participante. Creio que o PGV tenha sido um grande sucesso na Farmafort porque contou com o envolvimento dos funcionários da central e, principalmente, com o comprometimento de cada associado. E é por isso que obtivemos um dos maiores índices de adesão ao PGV e de efetividade no fornecimento de informações entre todas as redes participantes”, orgulha-se o executivo.

O consultor Rogério Lopes Junior acrescenta que o sucesso obtido pela rede paulista é o resultado nítido de uma Diretoria comprometida com a qualidade na prestação de serviços e com o desenvolvimento de cada um de seus associados, opinião também compartilhada pelo gestor da capixaba Farmes, Magno Rocha. “Nossos associados já se conscientizaram da importância de se levantar e apurar os números de suas lojas. E esta conquista se deve ao envolvimento da nossa Diretoria, ao empenho dos funcionários da própria central, que dão o suporte necessário para que todos os participantes extraiam o máximo da ferramenta e, é claro, ao excelente trabalho desenvolvido pelo consultor,” explica Rocha.

Para Bussaglia, o PGV é uma ferramenta de avaliação constante, sem imediatismos, pois os participantes só começarão a entender os indicadores após algumas reuniões. E, a partir daí, terão condições de iniciar um trabalho para melhorá-los. O consultor observa, ainda, que mesmo concluído o treinamento, os números sempre deverão ser acompanhados. E enfatiza que o maior desafio para os lojistas é de ordem cultural, pois “é preciso ter a consciência de aplicar o treinamento na prática, pois só assim será possível identificar com precisão os pontos fortes e os pontos fracos e, com isso, trabalhar para eliminar os erros e aperfeiçoar os acertos”. Ele garante que, “com o tempo, o empresário consegue avaliar quais despesas poderão ser reduzidas, quais produtos possuem maior giro, qual o ticket médio da loja, quais itens são os principais responsáveis pelo faturamento total do estabelecimento, etc” – indicadores estes que já vêm sendo trabalhados pelo empresário Welington Dias da Silva, proprietário da Drogaria Petri, afiliada à Rede Farmes. “Com o PGV, obtive maior controle do estoque (curva ABC), do giro de mercadoria, do volume e do valor de venda dos produtos. Nestes primeiros meses de treinamento, já conquistei 6% de aumento no lucro líquido da minha loja, exclusivamente porque tenho focado somente aquilo que me traz maior rentabilidade. Além disso, já consegui reduzir as perdas e otimizar o tempo de reposição dos produtos em estoque”. Ele confessa que o painel também amplia a visão do empresário, pois permite visualizar exatamente onde está sendo investido todo o dinheiro. “Hoje, consigo analisar claramente o custo de cada mercadoria e todas as despesas que tenho na farmácia”.

A proprietária da mais antiga drogaria afiliada à Rede Farmafort, Solange Garcia Zuanetti, afirma que o empresário - de modo geral - precisa ter consciência de que o segredo de qualquer negócio não é o quanto se ganha, e sim o quanto se gasta. “A partir do momento em que você sabe o quanto gasta, você investe somente no que é realmente necessário e, com isso, aprende a ganhar. E o PGV é meu grande aliado nesta luta contra o desperdício”, explica a empresária, que há 30 anos atua no varejo sorocabano. Apesar da comprovada eficiência do PGV, José Crecentino Bussaglia faz uma advertência: “Como o êxito do painel depende da consistência dos dados informados em planilhas virtuais, e as lojas os captam por meio das software-houses com as quais trabalham, é extremamente importante que estas empresas de tecnologia entendam a necessidade do envio de dados com mais agilidade e com máxima confiabilidade”. O consultor também faz um alerta aos farmacistas que vivem na zona de conforto: “Os empresários que ainda administram suas lojas ao método antigo, sem analisar as mudanças do mercado e sem entender que somente uma gestão profissional os manterá neste ramo, precisam compreender que qualquer ferramenta administrativa ou gerencial só nos possibilitará ótimos resultados se reconhecermos que análise, aplicação e avaliação são um círculo constante em nossas vidas”, conclui.

A adesão - Para que as farmácias possam participar do treinamento, as redes às quais são afiliadas devem assinar um contrato e cada loja interessada tem de preencher um termo de adesão. O gerente do PGV na Febrafar esclarece que podem participar do treinamento somente as farmácias e drogarias integradas às 26 redes associadas à Febrafar. Ele explica que, após a adesão, a federação disponibiliza à Rede um consultor para ministrar o treinamento. De acordo com o presidente da Febrafar, Edison Tamascia, além da customização do produto - o que o torna acessível para os donos de farmácias -, o objetivo principal da entidade é possibilitar que, através de uma gestão profissionalizada, as lojas tornem-se cada vez mais competitivas no mercado. Tamascia, que conduz o treinamento na maioria das redes participantes, reitera que o sucesso da ferramenta junto às lojas e às redes associativistas depende, primordialmente, de cinco fatores: assiduidade nas reuniões mensais, aplicação dos conceitos assimilados, compromisso do responsável da farmácia em fornecer dados consistentes, aferição dos resultados e colaboração de um profissional da rede.|| www.febrafar.com.br

FONTE: Revista FATOR