O procurador geral de justiça de Pernambuco, Paulo Varejão, disse, nesta quinta-feira (14), que o Ministério Público de Pernambuco vai pedir a instauração de um inquérito para investigar a venda de remédios de uso hospitalar em farmácias particulares. Na quarta-feira (13), o NETV 2ª Edição denunciou um esquema do qual duas farmácias da rede Farmácia do Trabalhador participavam.
Nesta quinta, tanto a unidade de Afogados quanto da Madalena, flagradas por câmeras escondidas na irregularidade, funcionaram normalmente. A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda não fez nenhuma inspeção.
De acordo com o Sindicato das Farmácias, quando um estabelecimento vende remédios que deveriam ser distribuídos em hospitais da rede pública, obtém um lucro muito maior que a concorrência. O Estado também perde, por conta da sonegação de impostos.
Para José Cláudio Soares, presidente do sindicato, é prematuro afirmar que há uma máfia, mas certamente existem irregularidades: “Muita gente deve participar desse esquema, distribuindo os remédios exclusivos para hospitais”, denunciou. “Isso fica evidente pelas meias-farmácias que vemos surgir cada vez mais”, completou. Segundo José Cláudio, ‘meia-farmácia’ são aqueles estabelecimentos que vendem exclusivamente remédios de venda-proibida.
Por lei, as farmácias não podem comprar os remédios diretamente dos laboratórios, o que leva a crer que alguma distribuidora também esteja envolvida com o crime. O sindicato da categoria prometeu excluir de seu cadastro qualquer empresa que tenha envolvimento com a prática fraudulenta.
“Além de um dano ao consumidor, essas farmácias estão sonegando impostos. Vamos oficializar a denúncia junto a Secretaria da Fazenda para que medidas sejam tomadas, afinal, partindo da sonegação, vem a concorrência desleal, por exemplo”, encerra Paulo Varejão.
FONTE: PE360Graus
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