O mercado de drogarias está ficando cada vez mais concorrido e parece não se intimidar diante da crise, além de ser menos afetado pela falta de crédito no mercado, uma vez que grandes redes - como a Drogaria São Paulo, Panvel e Pague Menos - afirmam ter dinheiro em caixa para continuar um forte ritmo de expansão. A tendência é as redes mais tradicionais, que não dependem de financiamentos e fontes externas de renda, terem vantagens.
Diante do crescimento de outras redes, como a Pague Menos, a Drogaria São Paulo, que está com mais de 220 unidades em cinco estados (SP, RJ, BA, CE e MG), afirma que não mudará seus planos e que deve seguir com um ritmo mais acelerado de expansão. De acordo com Marcus Paiva, superintendente da rede paulista, até o ano passado a empresa crescia 10% por ano em número de lojas e este ano planejava crescer 30%, e só não deve cumprir a meta em função do atraso da permissão de abertura de algumas unidades, crescendo 25%. Em faturamento, a empresa também deve crescer cerca de 20% este ano, sobre 2007. A rede ainda está investindo cerca de R$ 30 milhões com a expansão. "Cada loja nossa custa em média R$ 600 mil e temos recursos próprios para abri-las", diz.
O superintendente ainda afirma que não descarta abrir capital no futuro se o mercado voltar a se mostrar interessante. Em relação a parcerias com fundos de investimento, afirma que a empresa é constantemente assediada, mas não tem essa intenção no momento. Com dois centros de distribuição (CD) em São Paulo, ainda pode construir mais um a partir do segundo semestre de 2009, no interior do estado.
A rede gaúcha Panvel Farmácias, que tem cerca de 250 unidades, todas próprias, e está entre as 6 maiores redes do Brasil, também afirma que tem recursos próprios para garantir um crescimento de 10% a 15% por ano e manter a abertura de unidades. Além disso, ela deve fechar esse ano com a abertura de 18 lojas, além de estar investindo no comércio eletrônico, que lançou este ano. Recentemente, ainda abriu uma megastore em Porto Alegre, na qual investiu R$ 1 milhão. Apesar de ter capital aberto desde 1988, diz que os preços de suas ações não se alteraram com a crise e possui pouca liquidez, além de se manter conservadora.
Ultrafarma aposta nas vendas por computador
A Ultrafarma, que privilegia a venda por meio de telemarketing e Internet, também afirma que não está sentindo nenhuma mudança no consumo e não deve mudar seus planos, tendo dinheiro em caixa para expandir e aumentar investimentos.
Sua estratégia para se diferenciar da concorrência, segundo Roberto Miranda, diretor de Comércio Eletrônico (e-commerce) da rede, são os baixos preços e os descontos, de até 70%, além da venda por outros canais. Recentemente, a empresa reformulou seu site e diz já ter tido crescimento imediato nas vendas. A rede contratou a Ikeda, especializada em soluções de comércio eletrônico, para a reestruturação, já que o site era antigo e havia algumas dificuldades dos consumidores no sistema. Hoje, as vendas a distância representam cerca de 70% do faturamento total da empresa.
De acordo com o diretor, a empresa está investindo mais em marketing e divulgação e aposta na associação da marca com preços baixos. A Ultrafarma possui 8 lojas físicas em cidades como São Paulo, Campinas e Curitiba, e deve abrir, este ano, mais uma unidade em Juiz de Fora, Minas Gerais. A empresa tem planos de inaugurar mais cinco unidades.
FONTE: DCI / Panews
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