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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Consumidores da "pílula antibarriga" serão reembolsados a partir de 3ª feira

Começa nesta terça-feira (28) o reembolso do medicamento antiobesidade Acomplia (rimonabanto) pelo laboratório Sanofi Aventis. Na semana passada, o medicamento teve avenda temporariamente suspensa.

O laboratório sugere que o paciente procure um médico para ser orientado se deve interromper o tratamento ou substituir a medicação. O consumidor terá o reembolso em qualquer farmácia do país, mas o ideal é que procure o estabelecimento em que comprou o medicamento.

A Sanofi Aventis orienta que os consumidores entrem em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) através do 0800-7030014, em caso de dúvidas.

O medicamento foi suspenso na última quinta-feira (23) em todo o mundo. No Brasil, o medicamento era comercializado desde abril deste ano. A recomendação sobre a suspensão partiu da Emea (Agência Européia de Medicamentos).

O Acomplia é indicado para pessoas obesas e com sobrepeso, mas pesquisas demonstraram que ele pode aumentar o risco de transtornos psiquiátricos graves, como depressão e ansiedade --informações que constam na bula do remédio. O comitê de produtos médicos de uso humano da Emea concluiu que pacientes que usam o Acomplia têm o dobro de chances de desenvolver transtornos psiquiátricos --depressão, ansiedade e problemas de sono-- comparados àqueles que tomaram placebo.

Segundo a agência européia, os resultados do medicamento não compensam seus riscos.

Histórico

O Acomplia era comercializado em 18 países da Europa, além da América Latina. O medicamento tem 700 mil usuários no mundo --30 mil apenas no Brasil.

Comercializado na Europa desde 2006, o Acomplia chegou a ser considerado uma das maiores promessas da indústria farmacêutica no combate à obesidade. Em junho de 2007, ele foi vetado pela FDA (agência norte-americana que regula alimentos e fármacos), que pediu mais estudos sobre os seus efeitos colaterais, especialmente os distúrbios psiquiátricos e risco de suicídios.

No Brasil, a droga foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no ano passado, mas só começou a ser vendida neste ano por conta de um impasse sobre o preço.

FONTE: Folha online

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