Área para PESQUISA

Pesquisa personalizada

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pague Menos quer crescer em áreas de até 50 mil habitantes


A cearense Pague Menos, maior rede de drogarias do País, formada por 312 unidades, avançará em mercados onde os principais concorrentes ainda não têm presença, ao abrir lojas em municípios com até 50 mil habitantes, atacando o pequeno varejo fármaco. Nos próximos meses, Brejo Santo (CE), Teixeira Freitas (BA) e as cidades piauienses Picos e Floriano farão parte das 35 novas unidades da marca, previstas para este ano, com aporte estimado em R$ 30 milhões. 


Controlada pelas famílias Queirós e Alves, a rede identificou que essas cidades são importantes pólos econômicos no interior desses estados, cuja população flutuante atinge 100 mil pessoas. "Tivemos essa iniciativa, pois somos uma rede popular. Não tem como uma farmácia do interior competir com a maior rede do setor e demorará muito para as demais [Drogarias Pacheco, Drogasil e Drogaria São Paulo] adotarem iniciativa semelhante", salientou Deusmar de Queirós, presidente do Grupo Pague Menos. 

Os pontos de venda serão idênticos aos existentes, com tamanho médio de 300 metros quadrados. A estratégia do empresário, que possui negócios nas áreas imobiliária, reflorestamento, química, gráfica e importação é ocupar espaço e, assim que as unidades mais novas atingirem faturamento de R$ 1 milhão, seguir com novas lojas na localidade em que está instalada. Queirós explica que a prioridade continua a ser a expansão para as regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte, que somam pouco menos de 30% das filiais em funcionamento. De acordo com o executivo, em um ano as cidades entre São Paulo e Paraná ganharão mais dez lojas. Além disso, ele avalia que as vendas estão com ritmo satisfatório e projeta alcançar R$ 2 bilhões em 2009, 25% mais do que 2008. 

Para completar a presença nacional, fato que a varejista afirma ser inédito no País, estão em fase de abertura lojas em Roraima e Amapá. Ao contrário das concorrentes Drogasil e Onofre, a rede resiste à adesão de lojas mais sofisticadas e com dermocosméticos. Carlos Henrique de Queirós, diretor de Expansão e Novos Negócios, explica que a maior fatia do público da rede é formada pelo público C, cujo produto mais consumido ainda é o medicamento, com 80% das vendas. 

Capital 
Em relação aos aportes direcionados para a companhia, o empresário cearense - que comandou a 9ª edição do Encontro de Mulheres Pague Menos, entre 24 e 26 de julho, no Ceará, com seis mil clientes - é conservador. Queirós repudia a ideia de vender parte de seu capital para um private equity. "Não aceito sócios que estejam interessados só em injetar recursos, mas investidores estrangeiros de grande porte conhecedores da operação." 

Conhecedor do mercado de capitais, Queirós é dono da Pax Corretora de Valores e Câmbio, e pretende fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2012, quando a companhia deverá alcançar 500 lojas e faturamento acima de R$ 3 bilhões. Na concepção do executivo, só valerá apresentar a Pague Menos aos investidores estrangeiros quando essas escalas forem atingidas. A preparação para o IPO começou este ano com a contratação das firmas de consultoria KPMG e Ernest & Young para auditar os balanços financeiros e implementar um programa de governança corporativa. Neste segmento do varejo apenas a paulista Drogasil possui ações listadas na bolsa de valores. 

FONTE: DCI \ PANEWS

Nenhum comentário: