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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fusão no DF para enfrentar Drogasil e Pague Menos


Apesar das ameaças regulatórias que podem mudar o modelo de negócios das farmácias, reduzindo o valor de seus ativos, o mercado está aquecido. No Distrito Federal (DF), a chegada de duas grandes empresas do setor - Drogasil e Pague Menos - provocou a união das redes Rosário e Distrital. Álvaro Silveira Júnior, diretor-executivo dessa nova empresa, informa que foi feita troca de ações entre os controladores da Rosário (Álvaro Silveira) e da Distrital (Felipe Faria) para formarem uma só empresa. 

As duas marcas serão mantidas, preservando seus diferentes nichos. O diretor diz que a Rosário procura atender às classes A, B e C. A Distrital fica com os pontos de venda mais nobres. Dessa maneira, agora há direção unificada para 75 lojas e 1,3 mil empregados. A Distrital tem 11 lojas. 
Para o segundo semestre de 2010, Silveira Júnior revela que há um plano de expansão para algumas cidades de Goiás mais próximas ao DF. Admite que também serão observadas outras oportunidades, mas não há projeto de abrir o capital. 

Neste ano, a expectativa do dirigente da Rosário/Distrital é de aumento de 30% nas vendas. Nos 12 meses entre agosto de 2008 e setembro de 2009, o setor faturou aproximadamente R$ 29 bilhões, segundo Silveira Júnior. 
A Rosário/Distrital vai continuar vendendo os produtos não ligados diretamente à saúde - bomboniere, águas, cartões telefônicos etc. -proibidos pelas Instruções Normativas 9 e 10 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) porque há lei no DF que autoriza a atividade. 

O diretor das redes Rosário e Distrital comenta que a retomada do crescimento da economia é um bom potencial para o varejo em geral e, nesse cenário, o segmento das farmácias também fica muito aquecido. Em Brasília, há rumores de que o grupo Pão de Açúcar está interessado. 
No DF, as redes Rosário e Distrital passaram a formar a maior empresa. Em segundo lugar vem a Drogasil, única empresa que abriu o capital no setor. Em Brasília, cresceu com a aquisição das 26 lojas da rede Vison, que era do senador Adelmir Santana (DEM-DF). A Pague Menos, a maior do país, já está no DF. 

A Drogasil é uma das maiores redes de farmácias do país e teve lucro líquido de R$ 22,1 milhões no segundo trimestre de 2009, o que significa crescimento de 73,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado positivo de R$ 35,9 milhões no primeiro semestre representa incremento de 61,2% em relação mesmo período de 2008. 

Silveira Júnior confirma que todo o grande varejo está aquecido, principalmente os segmentos que não dependem de crédito para vender. O maior estímulo, segundo ele, é do aumento de renda da população que ganha menos e passou a consumir. 

As 28 empresas representadas pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), as maiores do mercado, tiveram aumento de 22% nas vendas em 2008 e, de acordo com Silveira Júnior, não sentiram grande impacto da crise no lado do consumidor. O que ocorreu foi o aperto do crédito para as empresas. 

FONTE: VALOR ECONÔMICO \ PANEWS

domingo, 11 de outubro de 2009

Hypermarcas compra as marcas Jontex e Olla por cerca de US$ 221 milhões


A Hypermarcas anunciou nesta quarta (7) a compra de empresas de preservativos donas de conhecidas marcas como Jontex e Olla, com desembolso estimado em US$ 221 milhões (o equivalente a R$ 388,8 milhões). Segundo o grupo de bens de consumo, as operações representam investimentos adicionais "no segmento de produtos de higiene pessoal, demonstrando assim o crescimento concreto da companhia nesse setor". 

No caso da marca Jontex, a compra já foi concluída por US$ 101 milhões com a aquisição de 100% de cotas de uma sociedade que será criada pelas atuais proprietárias da marca - Latam Properties Holdings e Latam International Investment Company, ambas do Grupo Johnson & Johnson. A previsão é concluir o negócio com a J&J entre 4 e 31 de janeiro do ano que vem, segundo comunicado da empresa. 

A Hypermarcas informou ter assinado memorando de entendimento para comprar a Indústria Nacional de Artefatos de Látex (Inal) por US$ 120 milhões. A Inal comercializa preservativos sob as marcas Olla, Lovetex e Microtex, entre outras. 

Pelo memorando, o acordo de compra e venda de ações coma Inal deverá ser celebrado até 2 de novembro deste ano, podendo ser prorrogado por mais 15 dias. Nesse meio tempo, será feita uma auditoria da Inal e de seus ativos e negócios. Quarenta por cento do pagamento aos controladores da Inal serão feitos à vista e o saldo remanescente em cinco parcelas iguais, anuais e consecutivas. 

Na semana passada, a Hypermarcas anunciou acordo para comprar a Pom Pom e suas subsidiárias por R$ 300 milhões, marcando a chegada do grupo ao setor de produtos descartáveis de higiene pessoal. 

A Hypermarcas, fundada em 2000, consolida algumas das principais marcas de diversos setores do mercado de consumo, como Assolan, Monange, Paixão, Risqué, Lucretin, Benegrip, Apracur, Doril, Lisador, Engov, Gelol, Zero-Cal, Bozzano e Cenoura & Bronze. O grupo brasileiro já vinha apontando a possibilidade de novas aquisições, buscando ampliar seus negócios para concorrer com gigantes internacionais, como Unilever e Procter & Gamble. 

FONTE: Valor on line / Panews

Farmácias têm 4 meses para adequação das novas regras


Farmácias de todo o país só têm quatro meses para se ajustarem à nova resolução sobre Boas Práticas Farmacêuticas (RDC 44) publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no último dia 17 de agosto. A norma, que trata da comercialização de medicamentos em farmácias e drogarias, foi discutida ontem em Campina Grande. 

A oficina ‘Principais Mudanças’ foi ministrada por técnicos da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), que esclareceram as novas regras a donos de farmácias e farmacêuticos. Como os estabelecimentos só têm até fevereiro de 2010 para a adequação das mudanças, a Agevisa está fazendo o trabalho de divulgação e discussão da resolução com os interessados. “A ideia é difundir a mudança aos profissionais que atuam nesses estabelecimentos, já que vão ter que se adequar às exigências. Com essa norma, ficam determinados os produtos que podem ser vendidos na farmácia e normatizados os serviços que podem ser prestados pelo estabelecimento”, explicou o diretor da Agevisa, José Alves Cândido. 

Medicamentos vendidos sem prescrição médica, como antitérmicos, analgésicos e digestivos, não poderão mais ficar dispostos em gôndolas nas farmácias. A Resolução que dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias determinou que esses medicamentos devem ficar atrás do balcão. As exceções serão os produtos como água boricada e glicerina, além de fitoterápicos e remédios por via dermatológica, como pomadas e loções.   

De acordo com José Alves, a medida da Anvisa tem o objetivo de coibir a prática comum da automedicação e a venda de remédios não prescritos nas receitas pelos balconistas. O diretor geral da Anvisa assegurou ainda que a partir do prazo final, equipes do órgão irão realizar uma fiscalização intensa para garantir a adoção da medida. “Com a regulamentação da norma, a Vigilância Sanitária estará atuando na proteção e prevenção da saúde dos usuários de medicamentos, através do combate à automedicação e à empurroterapia, que causam sérios riscos aos usuários”, frisou. 

Outra determinação da RDC 44 é a proibição de venda de produtos estranhos ao comércio farmacêutico, como sandálias, secador de cabelo, ração animal, bala, biscoitos ou sorvete, evitando assim o desvio da atividade. Também consta entre as medidas das Boas Práticas a regulamentação dos serviços que as farmácias podem prestar aos clientes. Elas poderão medir a pressão, temperatura, taxa de glicose, aplicar medicamentos e furar orelha para a colocação de brincos

FONTE: Jornal da Paraíba / Panews

Drogaria São Paulo troca presidência após nove anos


O acionista e presidente do conselho da Drogaria São Paulo, Ronaldo de Carvalho, enviou um comunicado ao mercado na sexta-feira para anunciar o novo presidente da empresa, a segunda maior rede de farmácias do país. Gilberto Martins Ferreira, que já fazia parte do quadro de executivos, assumiu ontem o cargo após a saída de Marcus Paiva, que ficou por nove anos na presidência. Paiva deixou a empresa para "se dedicar a projetos pessoais". 

A cadeia de farmácias faturou R$ 1,4 bilhão em 2008 e, no setor, é citada entre as candidatas a abrir o capital no futuro. 

A Ultrafarma, um dos maiores sites de vendas de medicamentos do país, ao contrário, voltou atrás na mudança de comando. O fundador da rede, Sidney Oliveira, publicou nos jornais, no domingo, um anúncio de página inteira em que afirma: "Renovo, aqui, meu compromisso de continuar trabalhando cada vez mais". Oliveira se apresenta como "presidente da Ultrafarma". Há apenas algumas semanas, o empresário publicara um anúncio informando que saíra da companhia. 

O varejo de medicamentos passa por um processo de concentração, estimulado pela entrada em vigor do regime de substituição tributária, que inibiu a sonegação. Com isso, o setor está atraindo novos investidores e espera-se que o
movimento de aquisições se acentue. Recentemente, o fundo BTG Pactual comprou a Farmais.

FONTE: Valor Econômico / Panews

Justiça mantém restrições da Anvisa para divulgação e promoção de medicamentos


A Advocacia-Geral da União (AGU) garantiu, na Justiça, a manutenção da Resolução nº 96/08, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regulamenta a propaganda, publicidade e outras práticas de divulgação e promoção comercial de medicamentos. 

O pedido para suspender as regras foi formulado em Ação Civil Pública ajuizada pela Associação Nacional de Defesa da Cidadania e do Consumidor (Anadec). A entidade entendia que a resolução prejudicava os consumidores na medida em que impede médicos de fornecerem amostra grátis de medicamentos a seus pacientes e proíbe a divulgação de produto colocado no mercado de consumo. 

A defesa da Anvisa foi feita pela Procuradoria Regional Federal 1ª Região (PRF1). Os procuradores argumentaram que a regra estabelecida pela Agência está amparada pela Constituição Federal e também pela Lei 9.294/96, que trata das restrições ao uso e à propaganda de medicamentos, dentre outros produtos. A PRF1 ressaltou, ainda, que a distribuição de brindes, benefícios ou vantagens criaria um estímulo ao oferecimento de medicamentos sem qualquer preocupação com a saúde pública, o que constituiria verdadeira ofensa ao direito do consumidor. 

Ao analisar o caso, o Juiz da 9ª Vara Federal de Brasília lembrou que o artigo 220 da Carta Magna restringe o direito e a liberdade de expressão com o objetivo de resguardar o interesse público, social e a saúde pública. "Não restam dúvidas de que a propaganda comercial de medicamentos deve sofrer restrições, pois sopesando os valores de liberdade de expressão e saúde pública, deve prevalecer este último", destacou a sentença. 

De acordo com a decisão, a norma da Anvisa não proíbe a distribuição de amostra grátis, "mas que a mesma seja feita somente aos médicos ou dentistas, o que visa proteger a saúde pública da distribuição desenfreada de medicamentos isentos de prescrição". A Justiça também considerou como correta a obrigação de divulgar o princípio ativo dos medicamentos, conforme prevê a Resolução. Essa medida ajuda a proteger pessoas alérgicas a cercas substâncias, e também evita o consumo de placebo ao invés de medicamento. 

A PRF1 é unidade da Procuradoria-Geral Federal (PGF), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU). 

FONTE: FEBRAFAR / PANEWS

Projeto de farmacêutica gigante não decola

BNDES oferece programa para financiar aquisições de laboratórios, mas não consegue evitar desnacionalização 

O sonho do governo brasileiro de criar uma "superfarma", uma grande indústria farmacêutica para competir globalmente, está ficando cada vez mais distante. Fortalecida desde a criação da lei dos genéricos e exibindo taxas de crescimento acima de dois dígitos, a indústria nacional virou alvo das gigantes multinacionais. O Laboratório Medley foi vendido para a francesa Sanofi-Aventis e, nas próximas semanas, a americana Pfizer deve concretizar a compra da Neo Química. 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) preferia ver as duas empresas nas mãos de um dos três maiores e mais sólidos laboratórios nacionais: Aché, Eurofarma ou EMS. Ou que houvesse alguma fusão entre os três. 

O chefe do Departamento de Produtos Intermediários, Químicos e Farmacêuticos do BNDES, Pedro Palmeira, admite que é um desejo do banco ter "uma empresa farmacêutica forte, que pudesse aspirar ser um competidor global". "Há alguns anos, se falássemos que o Brasil iria competir com líderes da indústria aeronáutica mundial, a gente ouviria risada. Hoje, isso virou realidade. Por que não aspirar o mesmo no setor farmacêutico?" 

Segundo Palmeira, o governo tem interesse estratégico em fomentar o setor por ele ser intensivo em conhecimento e tecnologia. "Nos Estados Unidos, depois do segmento de defesa, o maior investimento governamental é na indústria farmacêutica. E esse setor vai ter um papel fundamental no sentido de permitir que os países em desenvolvimento alcancem os desenvolvidos em termos de conhecimento tecnológico." 

Entretanto, a demanda por recursos está aquém da disposição do banco de emprestar. Desde 2004, quando foi criado o Profarma, até agosto deste ano, os financiamentos do BNDES para o setor somam R$ 1,3 bilhão, dos quais R$ 1,1 bilhão já foi contratado. Há dois anos, a intenção do banco era alcançar uma carteira de R$ 2 bilhões até meados de 2008. 

O programa oferece linhas especiais para investimentos em inovação, exportação, ampliação de instalações industriais e para fusões e aquisições. "A inovação depende de tempo para acontecer e essa trajetória só será realizada em nosso País por companhias de capital nacional", afirma Palmeira. "Por isso, nossa visão de que uma farmacêutica com musculatura financeira seria bem-vinda." 

"Será que vale mais a pena vender a empresa e colocar o dinheiro no CDI ou se manter em um negócio que cresce 18%", afirma José Ricardo Mendes da Silva, diretor presidente do Aché, empresa que fatura R$ 1 bilhão. 

FONTE: O Estado de São Paulo \ Panews

sábado, 10 de outubro de 2009

A sedução das farmácias : Entenda por que grandes investidores nacionais e estrangeiros estão à caça das principais redes de drogarias do País


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PRESSÃO NA PELE: "Sofro um assédio quase sexual para vender meu negócio. Mas já disse que não vendo", brinca Francisco Deusmar, da Pague Menos

No ano passado, o Fundo Gávea, de Armínio Fraga, comprou 30% da Droga Raia. Há duas semanas, o BTG Pactual, de André Esteves, anunciou a aquisição de 450 pontos da rede Farmais, a maior do País em número de lojas. Nos últimos meses, o Grupo Pão de Açúcar teria sondado a Drogaria São Paulo, apurou a DINHEIRO. Isso parece ser só o começo de uma profunda transformação no setor de farmácias. Poucas empresas passaram a ser tão cobiçadas no varejo brasileiro quanto as drogarias. É fácil entender os motivos. Em 2008, as farmácias brasileiras faturaram R$ 10 bilhões, um aumento de 21,32% na comparação com 2007. A performance é muito superior à expansão das redes de supermercados, que foi de 9%.


Poucos empresários são tão avessos a holofotes quanto os donos de farmácias e drogarias. A discrição provavelmente está ligada à origem desses grupos. Até o início da década passada, o segmento cresceu à base da venda "olho no olho", muitas vezes fiada. Não era raro o fundador dar expediente atrás do balcão e, na condição de farmacêutico, fazer atendimentos clínicos informais. Os negócios prosperaram e fizeram surgir grandes redes com atuação nacional. Maiores e amparadas pela legislação, que permitiu às farmácias vender um leque variado de produtos, elas passaram a dar mais dinheiro do que muitos outros setores. E, nesse processo, se tornaram as queridinhas do varejo nacional.

R$ 10 bilhões foi o faturamento das redes de drogarias no Brasil em 2008, o que representa uma alta de 21% sobre o ano anterior

Trata-se de um marco na história do setor. Extremamente pulverizado e regionalizado, o segmento manteve-se distante da onda de fusões e aquisições que afetou o comércio nacional na década de 90. Agora, o movimento de consolidação deve gerar um ciclo inédito de investimentos. Segundo apurou a reportagem da DINHEIRO, o Pão de Açúcar está em busca de ativos e já teria sondado grandes grupos como a Drogaria São Paulo e a rede Araújo, uma pequena cadeia de lojas de Minas Gerais com um dos negócios mais bem administrados do mercado. Maior rede de drogarias do País, a Pague Menos, do empresário Francisco Deusmar Queiros, já foi procurada por investidores de fundos de private equity locais e estrangeiros. "É um assédio quase sexual", brinca Queiros. "Mas eu não vendo."

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O interessante é que, até pouco tempo atrás, não havia o menor sinal de que aconteceria tamanha movimentação. "Bastou o mercado ouvir o tilintar das moedas e alguns começaram a pensar: por que não comprar uma drogaria também?", diz Claudio Roberto Ely, presidente da Drogasil. "Somos uma companhia de capital aberto e, se houver interesse de alguém, é só ir à bolsa. Mas não oferecemos nada." Ely acredita que as drogarias se tornaram cobiçadas graças principalmente a uma mudança no seu modelo de negócios. Em vez de apenas vender medicamentos, as farmácias viraram também centros de beleza e bem-estar. Nas grandes redes, é possível fazer limpeza de pele ou comprar cremes importados para combater rugas. As gôndolas passaram a oferecer balas, refrigerantes, alimentos, algo impensável até pouco tempo atrás. Da iluminação ao layout, tudo foi revisto.

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Resultado: a oferta maior de produtos e serviços disponíveis e um ambiente mais amigável passaram a atrair um novo público. "O ganho de sinergia que as redes de supermercado terão com novas drogarias é imenso", diz Alberto Serrentino, sócio da GS&MD. "Sem contar que o aumento na renda familiar tem ajudado muito a elevação nas vendas de itens de higiene e beleza, que possuem forte demanda nas drogarias."
O setor também passou por um processo de amadurecimento. Driblar o Fisco, por exemplo, virou coisa do passado. "O regime de substituição tributária e a introdução da nota fiscal eletrônica no ano passado foram fundamentais para a profissionalização", diz Eugênio de Zagottis, vice-presidente comercial da Droga Raia. É fácil entender. A formalização fiscal torna os negócios mais transparentes - o que facilita a aquisição ou venda de ativos. Além disso, com as novas regras, pequenas redes que fraudavam para lucrar começaram a baixar as portas. Com a concorrência menor, as redes dominantes passaram a faturar mais. As cinco maiores drogarias do País eram donas de 22% das vendas em dezembro de 2008. Em 2006, essa taxa estava em 16,5%.

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As grandes redes brasileiras também passaram a ser cobiçadas por grupos estrangeiros. Em julho de 2009, a alemã Celesio, um dos maiores distribuidores farmacêuticos da Europa, adquiriu 50,1% das ações do grupo goiano Panpharma, dono das distribuidoras Panarello, American Farma e Sudeste Farma. Teria pago R$ 470 milhões para entrar nesse mercado no Brasil. Depois que um dos diretores disse lá fora que a companhia daria "continuidade" a sua atuação no Brasil, os rumores de aquisições no varejo só cresceram. Foi preciso que o presidente do conselho de administração, Fritz Oesterle, viesse a público para negar o interesse em lojas locais. No Exterior, a convergência entre farmácias e supermercados é antiga. Nos Estados Unidos, as grandes redes varejistas vendem todo tipo de remédios e em alguns locais é possível realizar até exames médicos básicos. No Brasil, porém, isso ainda está distante de acontecer.

FONTE: DINHEIRO.  Por : Adriana Mattos